Polêmica no Palmeiras: Taxa absurda de R$ 50 mil para stand provoca crise eleitoral
2024-11-08
Autor: Julia
Um stand instalado na sede social do Palmeiras se tornou o epicentro de uma controvérsia entre as chapas concorrentes nas eleições presidenciais do clube. Para que uma das chapas possa montar sua barraca de campanha, uma taxa de R$ 50 mil foi imposta, um valor que é mais de três vezes superior ao praticado no mercado.
Fontes internas revelaram que a mesma empresa que foi contratada pelo Palmeiras oferece um stand semelhante por apenas R$ 14,4 mil durante 30 dias. Isso levantou dúvidas sobre a transparência e a justificativa do valor cobrado pela chapa situacionista.
Alcyr Ramos da Silva, presidente do Conselho Deliberativo e aliado de Leila Pereira, afirmou que os R$ 50 mil englobam não apenas a montagem, mas também o aluguel do espaço e sua manutenção. No entanto, quando questionado sobre a discriminação desses custos nos recibos, Alcyr optou por não comentar.
As divergências surgiram após uma reunião realizada no dia 15 de outubro, onde os preços e condições foram definidos na presença das duas chapas. A oposição, embora reconheça sua participação, contesta os valores e afirma não ter sido ouvida sobre suas reclamações. Além disso, eles alegam não ter acesso à ata dessa reunião, que poderia esclarecer as informações debatidas.
Em um adicional complexo à situação, a chapa da situação está arrematando também o aluguel do restaurante por R$ 10 mil e do ginásio por R$ 100 mil, que receberá um show do famoso grupo Jota Quest. Os opositores argumentam que esses custos, exorbitantes para um evento eleitoral, devem ser públicos e transparentes para todos os associados do clube.
Alcyr, por sua vez, reiterou que o Conselho de Orientação e Fiscalização tem pleno acesso a todos os documentos, mas membros do COF afirmaram que ainda não receberam validamente as informações necessárias. Essas alegações de falta de transparência geraram uma onda de insatisfação e protestos entre os membros da oposição, que já formalizaram uma notificação extrajudicial alegando o uso inadequado da máquina eleitoral por Leila Pereira.
A situação se complica ainda mais com a acusação de que funcionários do clube estão sendo mobilizados para apoiar a campanha de Leila, o que, segundo críticos, deveria ser feito com recursos próprios da candidata e não envolver verbas do Palmeiras, agravando o clima de tensão política.
Os apoiadores da presidente atual afirmam que essas críticas refletem o desespero da oposição diante de uma possível derrota eleitoral, mas o futuro da gestão do Palmeiras e a integridade do processo eleitoral estão em jogo. O clube precisa urgentemente esclarecer essas questões para preservar a confiança de seus torcedores e sócios.