Nação

Pesadelo de Réveillon no Rio: Comida Estragada e Lutas em uma Festa Caótica

2025-01-06

Autor: Pedro

Os sonhos de um Réveillon memorável se transformaram em pesadelos para os participantes de uma festa no Rio de Janeiro. Vídeos gravados durante o evento mostram um cenário de caos, onde a comida estava espalhada pelo chão e mesas, botijões de gás eram armazenados de forma irregular e fogos de artifício eram lançados em uma área coberta.

Um dos momentos mais alarmantes foram as brigas que ocorreram dentro da piscina, com pessoas lutando enquanto outras assistiam, apavoradas. Nos banheiros, a situação era igualmente deplorável, com filas longas e vasos sanitários transbordando, criando um ambiente extremamente insalubre.

Cada ingresso custou R$ 600, um valor exorbitante considerando a falta de organização e infraestrutura. As expectativas foram mais altas ainda considerando as promessas de finger food, comida japonesa e bebidas à vontade, além de um café da manhã completo ao amanhecer de 2025. Contudo, os convidados relataram que a realidade foi bem diferente.

Amayres Azevedo, uma das participantes, expressou sua indignação em relação à "propaganda enganosa". Segundo ela, “o ambiente era caótico e as condições de segurança eram inexistentes. Ninguém esperava isso.” O chef de cozinha, que deveria atender entre 500 e 800 pessoas, se deparou com um público muito maior, resultando em alimentos estragados e uma verdadeira corrida por comida.

Patrícia Marques compartilhou sua frustração, afirmando que após horas de espera, sua família só conseguiu comer um biscoito que seu filho trouxe. As pessoas estavam brigando pelo pouco que havia disponível, e o desespero dominava o ambiente. Jessica Santos levantou preocupações sobre a segurança do local, enfatizando que o deck de madeira parecia prestes a ceder sob o peso das pessoas.

Brenda Pereira Martins de Andrade, que chegou por volta das 21h30, se deparou com uma confusão total e longas filas para conseguir copos e pulseiras. Ao conseguir um salgado apenas nas primeiras horas da manhã, decidiu ir embora, saindo do evento com a amarga experiência de um Réveillon desastroso.

A frustração foi tanta que muitos participantes, incluindo Amarildo Júnior, consideraram o evento como "a experiência mais desesperadora" de suas vidas. "Pagamos caro por uma festa que prometia ser incrível, mas fomos tratados de forma desumana", desabafou.

Em resposta a essa situação, Amayres, que é advogada, já registrou um boletim de ocorrência e está organizando uma ação coletiva contra os responsáveis. Aproximadamente 30 pessoas já seguiram seu exemplo na 16ª DP da Barra da Tijuca, enquanto um grupo no WhatsApp com mais de 300 membros discute o caso.

A Polícia Civil do Rio já iniciou investigações após o registro das ocorrências. O restaurante onde o evento aconteceu, o La Ilha, alegou que tinha sido vítima de um golpe e que o espaço foi alugado a um produtor externo, isentando-se de responsabilidade pela gestão do evento. Entretanto, as ações legais contra o responsável pelo evento já estão sendo consideradas.

Esse incidente levanta questões sérias sobre a segurança e a qualidade dos eventos na cidade, fazendo com que muitos questionem se vale a pena correr riscos em festas mal organizadas e mal promovidas. Uma noite de festa se tornou um chamado urgente por segurança e responsabilidade em eventos públicos.