Tecnologia

Perigo à Vista: EUA Proibirão Tecnologia Chinesa em Veículos!

2024-09-24

Os Estados Unidos estão prestes a dar um passo audacioso ao planejar a proibição de determinados hardwares e softwares fabricados na China e na Rússia em carros, caminhões e ônibus. Essa medida drástica é motivada por preocupações com a segurança nacional, já que autoridades temem que tais tecnologias, usadas para dirigir autonomamente e conectar veículos a diversas redes, possam permitir que inimigos 'manipulem remotamente veículos nas estradas americanas.'

Embora atualmente o uso de software chinês ou russo em veículos americanos seja mínimo, a Secretária de Comércio, Gina Raimondo, destacou que estas ações são 'passos direcionados e proativos' para proteger os cidadãos e a infraestrutura dos EUA. Na era dos carros conectados, com câmeras, microfones e rastreamento por GPS, Raimondo advertiu que não é difícil imaginar o risco que representa um adversário que tenha acesso a informações sensíveis.

Reações da China não tardaram a chegar. Oficiais chineses acusaram os EUA de expandir o conceito de 'segurança nacional' de forma injusta, atingindo empresas nacionais. Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, instou os americanos a respeitar princípios de mercado e a proporcionar um ambiente de negócios justo e transparente.

A proposta, agora aberta a comentários, é mais uma peça do quebra-cabeça da Casa Branca para reduzir a presença da China na indústria automotiva. Recentemente, o governo também aumentou tarifas sobre carros elétricos e proibiu a importação de guindastes de carga fabricados na China devido a preocupações de cibersegurança.

Para complicar ainda mais a situação, os EUA abriram uma investigação em fevereiro para avaliar os riscos cibernéticos associados aos veículos conectados. A proibição de softwares deverá entrar em vigor a partir do ano modelo de 2027, enquanto as regras para hardwares entrarão em ação três anos depois, dando tempo à indústria para se adaptar às novas exigências. No entanto, as montadoras já enfrentam desafios significativos para reestruturar suas cadeias de suprimento.

John Bozzella, presidente da Alliance for Automotive Innovation, alertou que a regra, embora ajude na transição, pode ser desfavorável para algumas empresas que já dependem de tecnologia chinesa. Ele enfatizou que 'não se pode simplesmente apertar um botão' e mudar uma cadeia de suprimentos tão complexa de um dia para o outro.

Enquanto isso, fica a pergunta: qual será o impacto real dessa proibição na indústria automobilística? Especialistas acreditam que essa mudança poderá não só alterar os elos da cadeia de suprimentos, mas também influenciar o preço dos veículos e a inovação tecnológica nos Estados Unidos. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado, quem controla a tecnologia, controla o futuro!