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Descubra as Empresas de Energia que Estão Liderando na Luta Contra a Mudança Climática

2024-09-23

A análise feita pela Dynamo revela um panorama intrigante das empresas de energia comprometidas com a transição energética e a redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo a pesquisa, um dos principais obstáculos na avaliação do comprometimento dessas empresas é a natureza genérica de seus estatutos, que lhes permite uma maior flexibilidade para agir sem enfrentar riscos legais.

Entre as líderes nessa corrida climático-energética, destaca-se a norueguesa Equinor (antiga Statoil), que se comprometeu a zerar suas emissões líquidas até 2050, em conformidade com o Acordo de Paris. Isso inclui um foco em suas emissões na cadeia produtiva, conhecidas como escopo 3, uma meta que é frequentemente considerada difícil para muitas empresas. Além disso, Equinor tem se empenhado na construção de parques de energia renovável, demonstrando uma clara intenção de liderar a transição energética.

O governo norueguês, controlador da Equinor, tem enfrentado pressão de ativistas em assembleias, onde propostas foram feitas para que a empresa retirasse de suas operações componentes como pás eólicas feitas de fibra de carbono e para que encerrasse atividades de exploração de hidrocarbonetos até 2025. Embora o conselho tenha recomendado voto contrário a essas propostas, a pressão pública continua crescente.

A empresa espanhola Iberdrola também se destaca por sua postura forte em relação ao clima. A terceira maior empresa de energia elétrica do mundo em valor de mercado, a Iberdrola é líder em energias renováveis. A companhia committed a um investimento de 17 bilhões de euros em capex renovável até 2025, além de metas de redução de emissões de 65% até 2030, com o objetivo de alcançar o net zero em 2040. A empresa também busca garantir um "dividendo social" por suas contribuições aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU.

Por outro lado, as empresas americanas, como Exxon e Chevron, apresentam um quadro mais desafiador. Elas têm sido menos eficazes em suas abordagens de descarbonização, frequentemente se tornando alvos de acionistas ativistas. Na Chevron, o conselho já expressou que a adoção de metas para redução de emissões do escopo 3 poderia resultar em um “encolhimento do negócio”, evidenciando a resistência em adotar um compromisso mais robusto.

Contudo, um dos momentos mais emblemáticos do ativismo climático ocorreu na Exxon. Em 2021, o fundo Engine 1 conseguiu emplacar conselheiros que impulsionaram a empresa a estabelecer metas de redução de emissões e a se comprometer com projetos de energia limpa, mesmo diante da resistência inicial da companhia.

Recentemente, uma onda crescente de propostas de acionistas pressionando por compromissos climáticos foi observada, com questionamentos diretos ao conselho em assembleias de empresas como ConocoPhillips e Exxon. Enquanto alguns acionistas tratam as preocupações climáticas como exageros, outros insistem na necessidade de ações concretas.

No entanto, nesta maré de incertezas, algumas empresas, como a Occidental Petroleum, estão buscando mudar sua imagem. Com esforços para atingir o net zero em 2040 para as emissões de escopos 1 e 2 e até 2050 para escopo 3, a Occidental demonstra um comprometimento mais alinhado com as expectativas globais de sustentabilidade.

Como podemos ver, o cenário energético mundial está em transformação, e o compromisso com a sustentabilidade é um tema que alcança cada vez mais destaque. As empresas que não se adaptarem poderão não somente perder relevância, mas também enfrentar resistência crescente de consumidores e investidores preocupados com o futuro do planeta.