Saúde

Perigo à vista: Carne processada como bacon e salsicha pode estar ligadas ao aumento do risco de demência!

2025-01-21

Autor: Pedro

Um estudo recente aponta que o consumo de carnes processadas, como bacon, linguiça e salsicha, pode aumentar significativamente o risco de desenvolver demência. Os dados revelaram que indivíduos que consomem, em média, 0,25 porção diária de carne processada têm um risco 13% maior de desenvolver essa condição em comparação com aqueles que evitam esses alimentos. Esse valor é equivalente a cerca de 20 g de carne processada, o que pode ser, por exemplo, meia salsicha, segundo a nutricionista Lara Natacci, que possui um pós-doutorado pela USP.

Além disso, aqueles que consumiram essa quantidade ainda relataram um risco 14% maior de declínio cognitivo subjetivo. Isso significa que, embora apresentem queixas de memória, esses indivíduos ainda conseguem manter um desempenho normal em testes neuropsicológicos. Curiosamente, o estudo ainda indicou que a cada porção adicional de carne processada consumida por dia, o envelhecimento cognitivo foi acelerado em impressionantes até 1,69 anos!

O consumo de carne vermelha, por sua vez, também teve um papel, mas de forma menos acentuada. Participantes que ingeriam uma porção ou mais de carne vermelha diariamente apresentaram um risco 16% maior de relatar declínio cognitivo subjetivo em relação àqueles que consumiam menos de 0,50 porção diária.

Os pesquisadores levaram em conta uma variedade de fatores, incluindo idade, histórico de doenças crônicas e hábitos de vida ao chegar a essas conclusões. O nutricionista Dong Wang, principal autor do estudo, destacou que a carne vermelha é rica em gordura saturada e está associada a um aumento do risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, que têm relação direta com a deterioração da saúde cerebral.

Especialistas Alertam: Estudo tem Suas Limitações!

Porém, nem tudo são boas notícias. Para o neurologista Marcel Simis, do Hospital Albert Einstein, apesar da metodologia interessante, o estudo é observacional e não estabelece uma relação definitiva de causa e efeito. Diogo Haddad, do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, também levanta a questão da fiabilidade dos dados, uma vez que o consumo de carne e os sintomas associados ao declínio cognitivo foram registrados com base no autorrelato dos participantes.

Mesmo com essas ressalvas, Simis acredita que a pesquisa oferece evidências científicas significativas que corroboram outros estudos sobre as consequências do consumo de carne processada. Ele aconselha ainda que a melhor orientação continua sendo a redução do consumo de carne vermelha e, sempre que possível, a evitação de carnes processadas.

Atenção, amantes de carne!

Essa pesquisa pode mudar sua dieta e seus hábitos para sempre! As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.