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Papa Francisco critica plano de deportação de Trump e faz alerta global

2025-01-20

Autor: Matheus

Neste domingo (19), o papa Francisco fez uma declaração contundente sobre o plano do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de implementar uma deportação em massa de migrantes irregulares. Durante uma entrevista à emissora italiana Nove, o pontífice argentino afirmou que essa ação seria uma "desgraça".

"Se for verdade, será uma desgraça, porque faz com que os pobres desgraçados, que não têm nada, paguem a conta do desequilíbrio", disse Francisco, que ressaltou a necessidade de uma abordagem mais humana para lidar com a questão dos migrantes.

Com a posse de Trump programada para essa segunda-feira, ele prometeu endurecer as políticas em relação aos mais de 11 milhões de imigrantes sem documentação nos EUA. Essa postura despertou preocupação não apenas nos Estados Unidos, mas também em outros países que enfrentam crises migratórias, como Guatemala e Honduras, de onde muitos desses migrantes se originam.

Trump, por sua vez, já utilizou retóricas em sua campanha que foram criticadas por promover divisão e xenofobia. Em 2016, quando ainda era candidato, o papa Francisco já havia comentado: "Qualquer pessoa, seja quem for, que só queira construir muros e não pontes, não é cristã".

Além disso, no ano passado, o papa classificou como "loucura" as atitudes antimigratórias e condenou figuras católicas americanas que endossam estas políticas pela sua postura excessivamente conservadora. O pontífice tem se posicionado fortemente a favor dos direitos dos migrantes, enfatizando que eles devem ser tratados com dignidade e respeito.

Essa discussão não é apenas uma problemática americana; na verdade, reflete uma crise global que está sendo vivida em diversos países, incluindo o Brasil, onde a imigração e os direitos dos refugiados tornam-se cada vez mais essenciais nas agendas políticas. Com a crescente onda de nacionalismo em várias partes do mundo, as palavras do papa ecoam um chamado urgente para uma abordagem mais empática e solidária. É um momento crucial para os líderes mundiais reavaliarem suas políticas, colocando a humanidade na frente do burocrático.