Uma mulher de 59 anos, identificada como M. E., deu entrada no Hospital Divino Espírito Santo, em Moju, no dia 7 de setembro, apresentando um estado gravíssimo devido à Doença de Chagas. Ela chegou ao hospital com dispneia intensa, hipotensão, febre alta, além de sintomas como náuseas, vômitos, diarreia e edema acentuado nas pernas.

A equipe médica agiu rapidamente, iniciando o tratamento com benznidazol, o fármaco indicado para a Doença de Chagas. Graças aos esforços da equipe, a paciente começou a mostrar melhorias significativas. No dia 15 de setembro, em uma avaliação clínica, M. E. estava consciente e confortável em oxigênio ambiente, apresentando uma boa saturação de oxigênio e já sem febre. Seus sinais vitais estavam estabilizados, com pressão arterial de 110×60 mmHg, frequência cardíaca de 80 bpm e temperatura corporal de 36,1°C. O inchaço nas pernas diminuiu consideravelmente, e a paciente conseguiu retomar a alimentação oral, além de já estar deambulando com auxílio.

O progresso do tratamento de M. E. tem sido monitorado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, além de um cardiologista que acompanha o estado cardíaco da paciente. O retorno da paciente ao cardiologista está previsto para o dia 18 de setembro, onde novas avaliações serão realizadas.

A Doença de Chagas, doença tropical negligenciada, atinge milhares de brasileiros e pode provocar complicações adversas nos órgãos vitais, incluindo coração e intestinos. O tratamento requer não apenas a administração de medicamentos, mas também um acompanhamento prolongado e cuidadoso. A administração municipal de Moju tem se comprometido em garantir que todos os recursos necessários para a recuperação de M. E. estejam disponíveis e tem se dedicado a oferecer suporte completo, além de esclarecer dúvidas para a família da paciente.

Além do tratamento clínico, é essencial conscientizar a população sobre a prevenção da Doença de Chagas, que é transmitida, no Brasil, principalmente pelo contato com as fezes do inseto barbeiro, além de outras formas de infecção. Este caso serve como um lembrete da importância de agir rapidamente frente aos sintomas e buscar atendimento médico.

Com os avanços no tratamento, espera-se que a paciente continue em recuperação e que esse tipo de assistência se torne um exemplo para outras localidades onde a doença é prevalente.