Uma boa notícia para quem luta contra a obesidade: a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que o medicamento Ozempic, que contém a substância semaglutida, poderá ser disponibilizado na rede pública a partir de janeiro de 2026. Este anúncio faz parte de um decreto emitido no início da nova gestão da prefeitura e que tem como objetivo combater a obesidade nas Clínicas da Família.

A mensalidade do Ozempic pode chegar a cerca de R$ 1.000,00, mas com a expectativa de desdobramentos relacionados à quebra da patente, acreditam-se que os preços irão cair, tornando o medicamento mais acessível à população. O secretário de saúde, Daniel Soranz, afirmou que o grupo responsável pelo estudo, que incluirá membros da Secretaria de Fazenda e da Procuradoria Geral do Município, deverá entregar suas conclusões em 90 dias.

As conversas com quatro laboratórios, incluindo a dinamarquesa Novo Nordisk, já estão em andamento para garantir a aquisição do medicamento por meio de licitação. São esperadas cerca de 3.000 doses por mês para atender a necessidade da população nas clínicas de saúde.

A aplicação do Ozempic será feita exclusivamente por médicos das Clínicas da Família que já acompanham os pacientes, garantindo que a utilização do remédio seja adequada e segura. Isso é especialmente crucial, uma vez que o medicamento atua na redução do apetite e pode afetar o organismo de maneiras que exigem supervisão médica.

A reeleição de Eduardo Paes foi marcada por uma promessa de campanha polêmica, na qual ele admitiu o uso do Ozempic. A declaração gerou muitas reações nas redes sociais, mas o prefeito ressaltou a importância do medicamento no combate à obesidade não apenas sob a ótica estética, mas como uma questão de saúde pública. "Queremos que a população mais carente tenha acesso a este tratamento", disse Paes, enfatizando a necessidade de políticas públicas efetivas.

Vale lembrar que a semaglutida já vem sendo utilizada como uma ferramenta importante no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, e seu uso pode levar a melhoras significativas na qualidade de vida dos pacientes. Contudo, a utilização do medicamento deve ser sempre acompanhada de mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios, já que a suspensão do uso pode resultar em reganho de peso.

Entretanto, o Ozempic não é isento de efeitos colaterais. Entre os mais comuns estão náuseas, vômitos e problemas gastrointestinais. Por isso, é importante que o tratamento seja fará de maneira cautelosa e sob supervisão médica. Os pacientes devem estar cientes de que a automedicação é perigosa e que apenas o profissional de saúde pode indicar o melhor caminho.

O que se espera é que, com a implementação desse novo programa, a saúde da população carioca melhore, especialmente em relação a doenças como diabetes e problemas cardíacos que estão ligados à obesidade. Vamos acompanhar de perto como essa iniciativa se desenrolará nos próximos anos e suas possíveis implicações para todos nós!