Os Riscos Climáticos se Tornaram uma Ameaça Real em 2024!
2024-12-31
Autor: Ana
Em 2024, o mundo sofreu com o impacto desesperador dos extremos climáticos que se tornaram uma realidade alarmante.
A acelerada perda das geleiras foi um dos indicadores mais preocupantes. O gelo marinho na Antártida atingiu seu segundo nível mais baixo já registrado, superando apenas o pífio índice de 2023.
Além disso, os oceanos estão mais quentes do que nunca, com a temperatura da superfície atingindo recordes históricos. A elevação do nível do mar foi impulsionada tanto pela expansão térmica das águas quentes quanto pelo derretimento acelerado das geleiras.
Conforme relatado pelo observatório europeu Copernicus, outubro se tornou o mês mais quente de 2024, apresentando uma temperatura média do ar 1,65°C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900).
O impacto humano foi devastador: os incêndios florestais resultaram em 131 mortes no Chile, 15 no Peru, 7 em Portugal e 3 no Brasil. No México, uma combinação letal de calor intenso e seca causou 155 mortes. Em junho, as temperaturas na Arábia Saudita atingiram impressionantes 51,8°C durante o Hajj, resultando em 1.301 tragédias. Na Índia, em abril e maio, o calor extremo chegou a 49°C, afetando milhões, com o estado de Rajastão registrando alarmantes 50,5°C.
O Japão também enfrentou um verão brutal, com temperaturas médias 1,76°C acima do normal entre junho e agosto, resultando em mais de 70 mil hospitalizações devido a estresse causado pelo calor.
Na Europa, o verão de 2024 se destacou como o mais quente já registrado, especialmente em agosto, quando a temperatura média atingiu 16,82°C, superando em 0,71°C a média do período de 1991 a 2020. Em 22 de julho, foi registrado o dia mais quente da história, com uma temperatura média global diária de 17,15°C.
Nos quatro continentes – América do Sul, Oceania, Ásia e África – todos os meses de 2024 foram marcados por temperaturas recordes.
A sombria realidade é que 2024 se tornou o ano mais quente já registrado, sendo o primeiro a exceder 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. As mudanças climáticas contribuíram para a ocorrência de 41 dias de calor extremo e causaram mais de 3.700 mortes, além de deslocar milhões ao redor do mundo.
As chuvas extremas também foram um pesadelo, com inundações devastadoras. No Nepal, fortes chuvas em setembro resultaram em enchentes repentinas, matando 244 pessoas. Em meio a tempestades e deslizamentos de terra, a Índia registrou 3,2 milhões de hectares de plantações danificadas e perdas inestimáveis de rotina.
As consequências econômicas foram profundas. Até o primeiro semestre de 2024, os desastres naturais causaram perdas globais de US$ 120 bilhões, sendo que US$ 56,6 bilhões, ou 68%, foram atribuídos a eventos extremos como inundações e incêndios florestais.
A previsão é preocupante: seguindo a trajetória das emissões de gases de efeito estufa, cada ano subsequente pode ser ainda mais quente. Para evitar um cataclismo climático, é imperativo que os países alcancem reduções significativas nas emissões, com a meta de zerar as emissões líquidas até 2050. Com dados alarmantes, 2024 nos mostra que devemos agir urgentemente, implementando políticas abrangentes que abordem a emergência climática que enfrentamos. A hora de agir é agora, ou o que estamos presenciando pode se transformar em um legado de dor e perda irreparáveis.