
Obesidade: Doença Silenciosa e Letal sem Tratamento no SUS
2025-08-26
Autor: João
A Epidemia que Assola o Brasil
A obesidade, uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil, afeta cerca de 30% da população e é responsável por mortes silenciosas, principalmente por infartos, AVCs e, em alguns casos, câncer. Com um impacto significativo na saúde física e mental das pessoas, surpreendentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não oferece qualquer medicamento para seu tratamento.
Decisão Polêmica da Conitec
Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) rejeitou a inclusão de dois medicamentos eficazes no combate à obesidade, criando uma onda de insatisfação entre especialistas de respeitadas sociedades médicas, como a Abeso e a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Esses especialistas propuseram a incorporação da liraglutida, um tratamento eficaz para pessoas acima de 50 anos com obesidade, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. No entanto, essa e outras solicitações de medicamentos continuam sem resposta positiva.
Medicamentos que Podem Salvar Vidas
Além da liraglutida, a semaglutida também foi proposta para pacientes com obesidade severa e alto risco cardiovascular. Estudos comprovaram que essa medicação reduziria significativamente a incidência de problemas cardíacos e AVCs.
A Necessidade de Tratamento Eficaz
Embora a obesidade não possa ser resolvida apenas com medicamentos, muitos pacientes se beneficiariam de tratamentos adequados. Especialistas destacam que mudanças no estilo de vida são essenciais, mas a medicação pode ser um aliado poderoso para aqueles que lutam contra essa doença complexa.
Investimentos e Economia no Sistema de Saúde
Um estudo indicou que o governo poderia economizar cerca de R$ 6 bilhões por ano com o tratamento de doenças relacionadas ao consumo exagerado de açúcar, como diabetes e doenças cardiovasculares. Esses recursos poderiam ser direcionados para a incorporação de medicamentos que ajudam a combater a obesidade.
Desafios da Saúde Pública
A obesidade é ainda vista como um problema que fragiliza a autoestima de muitas pessoas, que enfrentam estigmas sociais. Doenças crônicas causadas pela obesidade, como diabetes e hipertensão, exigem um olhar mais atencioso do governo.
A Caminho de uma Solução?
A questão sobre a inclusão de medicamentos para obesidade no SUS continua em debate. Profissionais de saúde defendem que mesmo com a necessidade de provas robustas de eficácia, é fundamental considerar a qualidade de vida dos pacientes, não apenas a mortalidade.
Alguns estudos sugerem o uso de medicamentos off-label que, embora não sejam indicados especificamente para perda de peso, podem ser utilizados de maneira eficaz em pacientes com outros problemas relacionados.
O Futuro da Luta Contra a Obesidade
A discussão sobre a obesidade deve ir além do tratamento. Envolvem-se também questões sociais e econômicas. O desafio é encontrar um equilíbrio entre a oferta de medicamentos no SUS e a necessidade crescente de cuidar de uma população cada vez mais afetada por essa doença.