'O Brutalista' destaca a fascinante e sombria história do arquiteto húngaro e judeu László Toth, interpretado por Adrien Brody, que, após sobreviver ao Holocausto, emigra para os Estados Unidos em busca de uma nova vida com sua esposa Erzs ébet, vivida por Felicity Jones.

Vale lembrar que a mãe de Brody era uma refugiada húngara que chegou ao solo americano na década de 1950, o que trouxe ao ator uma ligação pessoal com a cultura húngara. Entretanto, dominar o sotaque local não é uma tarefa fácil, como explicou o montador Jancsó, nativo da Hungria. Ele afirmou que "mesmo com a herança de Adrien, é extremamente desafiador retratar com precisão um sotaque tão complexo."

Diante dessa dificuldade, a equipe de pós-produção tomou uma decisão arrojada: utilizar inteligência artificial para aprimorar as falas dos protagonistas. Jancsó foi a voz de referência para o modelo de IA, uma escolha que levantou debates acalorados nas redes sociais. "Utilizamos a IA para ajustar sutis nuances no som, permitindo que a performance deles permanecesse intacta. Estávamos focados em fornecer uma experiência autêntica ao público," esclareceu ele.

Além de trabalhar com o sotaque, a inteligência artificial também desempenhou um papel importante na criação de elementos arquitetônicos que o personagem de Brody projetou. "Nada que utilizamos no filme é inédito; toda a abordagem é para agilizar o processo. Usamos IA para pequenas adições que o orçamento de US$ 10 milhões não nos permitia filmar esteticamente," completou Jancsó.

No entanto, a revelação sobre o uso de IA não foi bem recebida por todos. Muitas reações desfavoráveis surgiram nas mídias sociais. Um usuário expressou sua frustração dizendo: "Eu estava muito ansioso para ver no cinema, mas agora não gastarei meu dinheiro!" Outro comentou: "Isso é um absurdo, poderia ter bastado contratar um artista para isso!" O descontentamento se espalhou rapidamente, levantando questões sobre a ética do uso de tecnologia em produções artísticas. Alguns críticos começaram a questionar a autenticidade de performances que dependem de IA para aprimoramento. Será que estamos testemunhando um novo padrão na indústria cinematográfica ou um desvio perigoso do valor humano na arte? A expectativa em torno de 'O Brutalista' certamente continua, agora acompanhada de uma dose extra de controvérsia!