O Poder pelo Poder: A Repetição do Ciclo Político?
2025-01-15
Autor: Matheus
Que cansaço! Em 2025, Donald Trump, às vésperas de seu segundo mandato, parece evocar a figura de Jair Bolsonaro em 2019, o que levanta questões sobre como esses líderes compartilham estratégias e narrativas. Ambos se valem de mentiras, ameaças, e frases de efeito para manipular opiniões e amedrontar os desavisados. Enquanto a campanha seduz uma base de apoio crescente, a verdadeira gestão política avança de forma disfarçada, levando medidas que podem ser prejudiciais a cabo sem o devido escrutínio.
Trump, em sua primeira corrida para a Casa Branca, fez promessas audaciosas que incluíam deportações em massa, a construção de um muro na fronteira com o México, e restrições à imigração muçulmana, além de um desprezo alarmante pelo aquecimento global. Seu projeto político era cercado por propostas extremas e polêmicas, que visavam provocar indignação e apoio fervoroso de seus seguidores.
Agora, novamente, ele ameaça deportar imigrantes ilegais em massa (uma promessa que, sinceramente, não se concretiza), concluir o muro que emblematicamente ficou inacabado e continuar a aumentar tarifas sobre produtos estrangeiros, uma medida que também afetaria o Brasil. Ele até sugere a exploração de recursos no Ártico, ignorando o estado crítico do meio ambiente, tudo isso em meio a um cenário que já se mostra catastrófico.
As ''novidades'' se resumem a promessas de perdoar os 1.500 envolvidos nos tumultos do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e planos mirabolantes que envolvem a anexação do Canadá e uma tentativa de controle militar sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá. Grande parte disso se revela ser apenas discursos vazios e teatralidade política.
Embora os assessores de Trump tenham interesses pessoais e possam seguir algumas dessas orientações, é inegável que, com o controle já assegurado da Suprema Corte, ele buscará formas de ajustar as instituições a seu favor, conferindo-lhe a possibilidade de um poder que se perpetua. O poder pelo poder, sem uma visão clara do que fazer com ele, é um comportamento recorrente na política, não sendo exclusivo da extrema direita.
A política claramente reflete um padrão de desvio, onde o objetivo principal parece ser a manutenção do status, independente das consequências sociais e econômicas para o país. Em um momento em que a sociedade clama por mudanças significativas e políticas éticas, observamos uma repetição de erros que podem nos levar a um cenário de incertezas ainda maior.