Nação

O Impacto Prejudicial das Apostas e o Exemplo de Sucesso das Loterias Federais: Um Alerta Urgente para o Brasil!

2024-09-25

Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de uma explosão no mercado de apostas esportivas, popularmente conhecidas como "bets". Essas plataformas têm seduzido milhões de brasileiros com a promessa de lucros fáceis e rápidos, mas, por trás dessa fachada atraente, esconde-se uma realidade alarmante.

O vício em jogos de azar tornou-se uma questão crescente, resultando em famílias desfeitas, dívidas insustentáveis e, tragicamente, casos de suicídios. A falta de regulamentação adequada e a supervisão ineficaz aumentam os riscos associados, transformando essa questão em um verdadeiro problema de saúde pública.

Adicionalmente, as apostas levantam suspeitas sobre a lavagem de dinheiro, alimentando um mercado que beneficia em grande parte multinacionais do setor. Esses gigantes não apenas lucram, mas também transferem quantias substanciais para o exterior, em detrimento da economia local. Em resposta a essa situação crítica, o Instituto Conhecimento Liberta (ICL) lançou, em 23 de agosto, uma campanha crucial para combater as propagandas de casas de apostas online espalhadas por influenciadores e celebridades.

Em contraste com esse cenário sombrio, as Loterias Federais, sob a administração da Caixa Econômica Federal, emergem como um modelo de jogo responsável e socialmente consciente. Sob um rígido controle estatal, quase 50% da arrecadação das loterias é reinvestido no desenvolvimento do país, assegurando que os recursos retornem à sociedade de maneira transparente e íntegra.

No ano de 2023, as loterias da Caixa arrecadaram impressionantes R$ 23,4 bilhões, dos quais R$ 11 bilhões (48%) foram direcionados ao governo – um marco na história da Caixa. Esses recursos são vitais para financiar desde instituições esportivas até programas de educação, saúde, cultura e assistência a crianças e adolescentes. Além disso, as 13.295 lotéricas da Caixa geram milhares de empregos diretos, alcançando 98% dos municípios brasileiros e fazendo parte do cotidiano do povo.

A história das Loterias Federais remonta ao ano de 1861, quando a Caixa foi criada, tendo como origem os recursos advindos das loterias assistenciais. Contudo, nos últimos anos, a integridade das loterias tem sido ameaçada por interesses privados. Desde 2016, quando a modalidade de loteria instantânea, as raspadinhas, foi retirada da administração da Caixa para leilão, o controle estatal da Caixa foi comprometido, culminando em perdas significativas na arrecadação pública.

Em 2020, durante o governo Bolsonaro, me opus a propostas de transferência das loterias para uma subsidiária da Caixa, focando na abertura de seu capital e sua privatização. Em 2023, como presidenta da Caixa, lutei para manter o controle das loterias, incluindo o retorno das raspadinhas – uma decisão que poderia reverter a situação atual. Infelizmente, a gestão atual decidiu retomar a proposta de 2020, colocando em risco a operação das loterias sob controle privado.

É inegável: somente o controle estatal assegura não apenas a credibilidade dos jogos, mas também uma destinação correta dos recursos. As Loterias da Caixa desempenham um papel social vital e não podem ser equiparadas às apostas que exploram a vulnerabilidade humana. Temos o dever de proteger esse patrimônio que, além de contribuir para o desenvolvimento do país, oferece recursos essenciais para áreas críticas.

A proliferação das "bets" serve como um aviso urgente sobre os danos que esse modelo de apostas pode trazer à sociedade. Precisamos questionar: vale a pena os lucros provenientes dessas operações se isso implica em prejuízos incalculáveis à saúde e bem-estar dos cidadãos? É hora de um debate sério e honesto sobre essa questão que afeta a vida de milhões.