Em meio a expectativas e especulações, fontes próximas ao governo Lula indicam que o presidente está prestes a nomear dois novos ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em fevereiro. Na vaga destinada à Justiça Federal, o desembargador Carlos Brandão, atualmente atuando no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, surge como o forte candidato. Sua influência se estende por várias regiões, especialmente no Nordeste, onde conta com o apoio de figuras proeminentes como o ministro do STF Kassio Nunes Marques e o titular do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.

Por outro lado, a disputa pela vaga do Ministério Público parece ter mudado de cenário. Sammy Barbosa, procurador de Justiça do Acre, que estava como favorito, perdeu terreno para a procuradora alagoana Maria Marluce. O apoio político é crucial na sua jornada, especialmente do sobrinho, o reeleito prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, que está alinhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Vale ressaltar que o STJ, que é composto por 33 ministros, se viu recentemente no centro de uma investigação que apura um suposto esquema de venda de sentenças envolvendo pelo menos cinco gabinetes. O caso, sendo analisado no STF, é relatado pelo ministro Cristiano Zanin, que se comprometeu a avançar nas investigações mesmo durante o recesso forense.

Fontes consultadas, no entanto, garantem que os atrasos na nomeação não estão relacionados a essa controversa investigação. As decisões de Lula, segundo essas fontes, serão estratégicas e visam fortalecer a imagem do governo diante da sociedade. Há também uma expectativa crescente sobre quem será escolhido e como isso poderá impactar futuras decisões do tribunal.