Gelo Marinho na Antártida Se Recupera Após Anos de Baixas Históricas!
2025-01-08
Autor: Maria
Uma boa notícia para os cientistas e amantes da natureza: a extensão do gelo marinho na Antártida apresentou sinais de recuperação em dezembro de 2024, após um extenso período de recordes de baixa. Este fenômeno acendeu esperanças de que o continente gelado possa estar enfrentando menos alterações permanentes do que se temia.
De acordo com o Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo dos EUA (NSIDC), a taxa de perda de gelo marinho durante os meses quentes da primavera, especialmente em novembro e dezembro, caiu para níveis significativamente mais baixos do que a média. Essa recuperação é um alívio, considerando que 2023 e 2024 foram os anos mais quentes já registrados, resultados diretos do aumento da temperatura global causado pelas mudanças climáticas.
No final de 2024, as perdas de gelo marinho foram revertidas e a extensão chegou a 7,3 milhões de km², muito próximo da média entre 1981 e 2010. "Isso ilustra claramente a alta variabilidade da extensão do gelo marinho antártico", destacou o NSIDC, revelando que a situação é mais complexa do que parece.
Entretanto, essa recuperação não deve ofuscar o fato alarmante de que o aquecimento dos oceanos, resultado das atividades humanas, continua a derreter as camadas de gelo da Antártida. Esse derretimento contínuo representa uma ameaça significativa para o aumento global do nível do mar, colocando áreas costeiras em risco real.
Desde 2023, os recordes de temperatura do oceano, tanto na superfície quanto nas profundezas, foram quebrados, em parte pelas condições do fenômeno El Niño, que trouxe um aumento ainda maior da temperatura em várias regiões do planeta.
Cientistas têm expressado preocupações desde 2016 sobre o impacto do aquecimento global nas mudanças duradouras na quantidade de gelo marinho ao redor da região mais fria da Terra. A discussão sobre uma possível "mudança de regime" na formação de gelo ganhou força especialmente após períodos persistentes de gelo marinho abaixo da média em anos pré-Anteriores, como 2017, 2023 e 2024.
Recentemente, a desaceleração na perda de extensão em dezembro trouxe um certo alívio a essa teoria. No entanto, os especialistas ressaltam que a recuperação de um único mês não é prova suficiente para invalidar as preocupações sobre a situação do gelo marinho na Antártida e o futuro do nosso planeta. O monitoramento constante e a pesquisa são cruciais, pois as mudanças climáticas continuam a colocar o nosso ecossistema em perigo e o que sucede na Antártida pode ter um impacto global sem precedentes.