Na madrugada desta terça-feira (8), bandidos de uma facção conhecida como "Novo Cangaço" atacaram uma agência da Caixa Econômica Federal em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, em um ato de violência que chocou a cidade.

Segundo informações da Polícia Militar, o ataque teve início por volta das 01h45 na Avenida Doutor João Carlos, onde os criminosos, fortemente armados, dispararam em direção à agência e utilizaram explosivos para realizar a invasão. A cena tumultuada deixou a população em estado de pânico.

Até o momento, não há confirmação se o bando conseguiu levar algum valor. Durante a ação, outros criminosos também dispararam contra o quartel da Polícia Militar e a base da Guarda Municipal, aumentando ainda mais a sensação de insegurança na região.

Um policial militar que estava dentro do quartel sofreu ferimentos na mão devido a estilhaços de vidro, mostrando a gravidade do ataque. Estima-se que os bandidos tenham utilizado cerca de cinco veículos para facilitar a fuga e a execução do crime.

Imagens chocantes mostram a sede da Polícia Militar sendo atingida por disparos, com vídeos que circulam nas redes sociais trazendo à tona o terror vivido pelos moradores. “Guaxupé foi ataque por essas quadrilhas de roubos a banco. Que noite terrível! Acordaram a cidade inteira com os tiros e explosões,” desabafou uma moradora em suas redes sociais.

Diante da situação extrema, a Polícia Militar de Minas Gerais lançou uma operação de rastreamento para prender os criminosos. A ação conta com o apoio da 18ª Região de Polícia Militar, do Comando de Missões Especiais, através do BOPE, e do Comando de Aviação do Estado, demonstrando o comprometimento das autoridades em restabelecer a ordem.

Em nota oficial, a Polícia Federal confirmou que enviou equipes para investigar o ataque, em parceria com a Polícia Civil (PCMG) e a Polícia Militar (PMMG). Essa colaboração tem como foco entender melhor o modus operandi dos criminosos e coibir futuras investidas.

Os ataques do estilo "Novo Cangaço" são caracterizados por uma tática em que criminosos cercam uma cidade, geralmente em áreas interioranas, durante a noite ou madrugada, para roubar grandes somas de dinheiro de instituições financeiras. O especialista em Segurança Pública e professor da Fundação Getulio Vargas, Rafael Alcadipani, explica que esses crimes buscam dominar a cidade como um todo para facilitar a execução de suas ações.

Com a escalada da violência, a pergunta que fica é: até quando as cidades brasileiras permanecerão vulneráveis a tais ataques audaciosos? A comunidade aguarda providências e a efetividade de medidas que garantam a segurança de seus cidadãos.