A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez uma mudança significativa em seu estatuto, alterando as regras sobre a duração do mandato de seu presidente. Durante uma reunião com as federações, realizada na sexta-feira (8), foi decidido que o novo presidente poderá exercer até três mandatos consecutivos, através de duas reeleições.

Anteriormente, a legislação previa apenas uma reeleição, para um mandato fixo de quatro anos. Agora, essa nova regra representa uma mudança estratégica que poderá fortalecer a continuidade da liderança da CBF.

Essa decisão impacta diretamente o atual presidente Ednaldo Rodrigues, que assumiu o cargo interinamente em 2021 e foi eleito formalmente em 2022. Se os mandatos forem contados sem interrupções, Ednaldo pode ficar à frente da CBF até 2034, com as seguintes datas: 2022-2026, 2026-2030 e 2030-2034.

A proposta foi aprovada por unanimidade entre as federações, sendo justificada pela CBF como uma adequação às práticas adotadas pela FIFA e CONMEBOL.

É importante notar que a Lei Geral do Esporte estabelece que as federações que recebem financiamento público devem limitar os mandatos de seus presidentes a dois. Entretanto, a CBF opera de forma independente, sem receitas públicas, o que possibilita essa nova estrutura.

Na mesma assembleia, outros aspectos do estatuto da CBF foram discutidos, embora sem alterações significativas nas regras eleitorais, segundo os dirigentes presentes.

Essa mudança gera um cenário novo e intrigante para o futuro do futebol brasileiro. Como essas novas diretrizes podem moldar a administração da CBF nos próximos anos? Uma coisa é certa: os próximos capítulos da gestão de Ednaldo Rodrigues certamente serão acompanhados de perto, não só pelos fãs, mas também por especialistas em governança esportiva.