A partir desta sexta-feira (1º), novas regras de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal entram em vigor, impactando a forma como os brasileiros poderão adquirir a casa própria. As mudanças foram anunciadas em meio a uma demanda crescente no mercado de imóveis e um significativo aumento nos saques da caderneta de poupança, que financia essas operações.

O que muda?

Com as novas diretrizes, o banco limitou o valor máximo dos imóveis a serem financiados para R$ 1,5 milhão. Além disso, os clientes não poderão ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa. Isso significa que quem desejava diversificar seus investimentos em imóveis terá que repensar suas estratégias.

O que era permitido antes?

Previously, não havia um teto para o valor dos imóveis financiados e os clientes podiam ter múltiplos financiamentos habitacionais com a Caixa. Enquanto isso, financiamentos usando recursos do FGTS sempre limitaram o cliente a um único contrato de crédito ativo.

Redução das cotas de financiamento

Outra mudança importante é a redução nas cotas de financiamento:

- **Sistema de Amortização Constante (SAC)**: O banco financiará até 70% do valor do imóvel, reduzindo de 80%. Isso significa que o comprador agora terá que dar uma entrada maior.

- **Sistema Price**: O limite de financiamento será de apenas 50%, caindo de 70%.

Exemplos práticos:

- Se um imóvel está avaliado em R$ 800 mil, anteriormente a Caixa financiaria até R$ 640 mil (80%), mas agora o máximo será de R$ 560 mil (70%), exigindo uma entrada de R$ 240 mil em vez de R$ 160 mil.

- No modelo Price, o mesmo imóvel terá um financiamento máximo de R$ 400 mil, exigindo uma entrada de R$ 400 mil ao invés de R$ 240 mil.

Contudo, as mudanças não se aplicam a unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos já financiados pela Caixa, que continuarão sob as normas anteriores.

Duração das mudanças

Essas alterações têm caráter permanente, segundo a Caixa. As condições dos financiamentos já ativos não serão alteradas para os mutuários, oferecendo certa segurança para aqueles que já contrataram seus financiamentos.

Motivo das mudanças

As justificativas para essas alterações se dão pelo aumento significativo na procura por imóveis e pela maior quantidade de saques da caderneta de poupança. Um dado importante: em setembro, a caderneta de poupança teve o maior volume de saques líquidos do ano, totalizando R$ 7,1 bilhões, marcando o terceiro mês consecutivo de retiradas.

Até setembro de 2023, a Caixa havia concedido R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, representando um aumento de 28,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso mostra o impulso do financiamento no país, onde a Caixa é responsável por quase 70% do mercado.

Estudando constantemente as necessidades do setor, a Caixa afirmou que está buscando novas soluções que possam ampliar o crédito imobiliário. Portanto, se você estava pensando em comprar um imóvel, é essencial considerar essas mudanças e possivelmente agir rápido para evitar surpresas desagradáveis!