MP investiga possíveis manobras políticas na Vigilância Sanitária de Campinas; saiba tudo!
2024-11-15
Autor: Fernanda
A Promotoria de Justiça instaurou um inquérito civil em Campinas com o objetivo de investigar possíveis interferências políticas na estrutura do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). A promotora Cristiane Corrêa de Souza Hillal enfatiza a importância de resguardar a autonomia do departamento para evitar ingerências políticas e econômicas.
As exonerações das ex-dirigentes, Andrea Von Zuben e Cléria Maria Moreno Giraldelo, estão no centro da polêmica. Documentos obtidos pelo G1 revelam que mudanças no comando da Vigilância Sanitária teriam ocorrido após descontentamentos do secretário de Saúde, Lair Zambon, sobre ações no serviço da Policlínica II, sendo essa a última gota d'água.
Andrea, que aceitou não se pronunciar, e Cléria, que não foi localizada, fazem parte de um contexto em que vozes dissonantes pelo que foi considerado um clima de pressão dentro da pasta da Saúde estão ecoando. O secretário, por sua vez, afirmou que o Devisa obedece à legislação municipal e se disponibilizou a prestar esclarecimentos ao Ministério Público, apesar de ainda não ter sido notificado oficialmente sobre o inquérito.
As tensões no Devisa foram acentuadas em junho, quando Cléria foi alertada por Andrea sobre o descontentamento de Zambon. Em documento, Cléria relatou que sua saída foi exigida após sua participação em um seminário que discorria sobre o futuro do Sistema Único de Saúde (SUS) em Campinas, apontando para um possível viés de censura e controle sobre a atuação profissional.
Até o momento, as exonerações e mudanças de posição internas levantam questionamentos sobre a transparência e os critérios para a nomeação e exoneração de cargos. A nova diretora, Wanice Silva Quinteiro Port, assumiu o Devisa após Andrea ser removida. Wanice possui vasta experiência no SUS, incluindo uma formação técnica sólida na área de saúde pública.
Cristiane Hillal, além de instaurar o inquérito, alertou ao prefeito reeleito sobre a necessidade de uma proposta que garanta a autonomia do Devisa, uma exigência essencial para que a gestão do órgão seja realizada por pessoas de notória competência.
A Secretaria de Saúde reafirmou que ato administrativos são regidos por critérios técnicos e que não houve pressão ou ingerência nas decisões sobre os profissionais do Devisa. A troca de diretores visou, segundo a pasta, aprimorar a qualidade dos serviços públicos prestados à população.
Os desdobramentos desse caso prometem revelar os bastidores e a política interna em Campinas! O que vem pela frente? Acompanhe e fique por dentro!