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Moscou enfrenta o maior confronto de drones da Guerra da Ucrânia

2024-11-10

Autor: Lucas

Na madrugada deste domingo (10), a Guerra da Ucrânia testemunhou um histórico confronto de drones, marcando o maior ataque aéreo desde a invasão de Vladimir Putin em 2022. As forças russas dispararam impressionantes 145 drones, enquanto as forças ucranianas responderam com 70.

O cenário principal foi Moscou, que sofreu o ataque aéreo mais significativo da guerra até agora. Um total de 34 drones foram direcionados à capital russa, superando em 14 a marca anterior registrada em setembro. Esse ataque resultou no fechamento de três dos quatro aeroportos da cidade por três horas, com 36 voos desviados e feridos reportados devido a destroços em um subúrbio.

Desde que Kiev adquiriu a capacidade de atacar Moscou, com um drone atingindo o Kremlin no início do ano passado, a Rússia intensificou suas defesas. A Defesa russa declarou ter derrubado todos os drones que se aproximavam do centro da cidade, sendo que a única fatalidade até agora ocorreu em setembro na região metropolitana.

Apesar da situação tensa, a vida em Moscou parecia continuar normalmente, com ruas razoavelmente cheias em um dia frio de 5°C. Shoppings como GUM e Evropeiski estavam lotados, de acordo com moradores locais.

Além do ataque em Moscou, pelo menos 36 drones ucranianos foram abatidos em outras regiões da Rússia, incluindo 14 em Briansk, uma área próxima à Ucrânia. Embora relatos de danos ainda não tenham surgido, algumas incêndios foram relatados devido a destroços.

A situação na Ucrânia foi mais complicada. Imagens publicadas em canais do Telegram mostraram danos em Odessa, onde um drone atingiu um prédio residencial, deixando pelo menos duas pessoas feridas. As forças ucranianas afirmaram ter derrubado 62 dos 145 drones lançados pelos russos, estabelecendo um novo padrão em ataques aéreos, superando recordes anteriores.

A Rússia parece ter mudado sua tática, economizando mísseis para um previsto ataque de inverno. Especialistas sugerem que a intenção é desgastar as defesas e infraestrutura ucraniana, potencialmente preparando o terreno para um golpe devastador no sistema energético da Ucrânia, que já perdeu dois terços de sua capacidade de produção de eletricidade durante o inverno.

Apesar das dificuldades, o presidente Volodimir Zelenski continua a lutar para manter as defesas ucranianas em áreas críticas como Donetsk, onde o risco de colapso se torna iminente, especialmente em setores controlados por Kiev. A pressão sobre Zelenski aumenta com a administração atual dos EUA relutante em fornecer armamentos adicionais, temendo que a escalada resulte em um confronto direto com a Rússia, que detém o maior arsenal nuclear do mundo.

Adicionando mais tensão à situação, a recente eleição de Donald Trump como presidente dos EUA levanta questões sobre o futuro do apoio à Ucrânia, com Trump sugerindo que uma paz poderia envolver concessões territoriais por parte de Kiev. A dinâmica complicada entre os líderes pode significar que a luta pela Ucrânia está longe de terminar. Fidelidade ao princípio da integridade territorial ucraniana se depara com considerações geopolíticas complexas.