Morte de Bebê Levanta Questões sobre Diagnóstico Médico Inadequado
2024-11-14
Autor: Matheus
Jessica compartilhou com tristeza a história de seu filho Raul, que começou a apresentar febre na tarde de segunda-feira, 11 de novembro. Na madrugada seguinte, preocupada com a persistência da febre, levou o bebê à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele foi medicado com paracetamol e dipirona para controlar a temperatura. No entanto, na noite de terça-feira, a febre voltou a subir, alcançando quase 39°C. Jessica retornou à UPA, onde Raul foi reavaliado e novos medicamentos, Predsin, Allegra e Aturgyl, foram prescritos. No entanto, uma funcionária da farmácia alertou Jessica de que o Aturgyl não era seguro para bebês, levando-a a substituir o remédio por Salsep.
Após tomar os medicamentos, Raul finalmente adormeceu, permitindo que Jessica também descansasse. Entretanto, na manhã de quarta-feira, por volta das 7h, ela se alarmou ao perceber que o bebê estava frio e ainda parecia estar dormindo. A tentativa de ligação para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) falhou devido a problemas nas linhas telefônicas. Jessica então acionou a Brigada Militar, que prontamente enviou uma viatura para sua casa no bairro Ibirapuitã. Raul foi rapidamente encaminhado à Santa Casa de Alegrete, onde tentativas de reanimação foram realizadas, mas infelizmente, já era tarde demais e a morte foi confirmada.
Em busca de respostas, Jessica, acompanhada da madrinha de Raul, Jessi da Rosa, solicitou a realização de uma necropsia para investigar as causas da morte do bebê. Ela destacou que Raul não apresentava problemas de saúde antes da febre e que sua gestação foi tranquila. Além disso, ela mencionou que seu filho mais velho, Gael, de três anos, também havia sido atendido na UPA na mesma ocasião, passando por exames de raio-X e recebendo tratamento, com um médico diferente do que cuidou de Raul. Jessica afirmou: "Acredito que a morte de Raul foi resultado de uma negligência, devido à falta de um exame de raio-X e à atenção inadequada pelos profissionais de saúde".
A direção da Santa Casa planeja emitir um comunicado oficial sobre o caso na manhã de quinta-feira. A delegada Fernanda Mendonça também se pronunciará após a entrega do laudo da necropsia, que está programada para amanhã. O caso de Raul levanta importantes questões sobre a qualidade do atendimento médico nas unidades de emergência e a necessidade de protocolos mais rigorosos para garantir que situações como essa não se repitam.