Nação

Moraes ordena a libertação de homem em situação de rua preso há mais de um ano por participação em ataques de 8/1

2025-01-06

Autor: João

Em uma decisão surpreendente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, libertou um homem em situação de rua que havia sido preso por mais de um ano relacionado aos eventos que aconteceram no dia 8 de janeiro. O réu, identificado como Figueiredo, alegou que sua presença no Quartel-General dos apoiadores de Bolsonaro foi motivada pela busca por comida. De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), ele vive como andarilho, sem um endereço fixo, e sobrevive com a realização de pequenos serviços.

Durante o interrogatório, Figueiredo confessou que foi ao acampamento no dia dos acontecimentos tumultuosos, pois "era oferecida alimentação gratuita". Ele também afirmou que tentou deixar o local após os atos, mas foi impedido por militares que estavam na área.

O caminho até sua libertação não foi fácil. Antes de tomar sua decisão, Moraes rejeitou quatro pedidos para sua soltura. Após a prisão em novembro de 2023, a DPU fez solicitações de liberdade em dezembro daquele ano e em maio, agosto e novembro de 2024. De acordo com o processo judicial, Figueiredo teria se mudado para Santa Catarina sem manter contato com a Justiça, uma condição imposta por Moraes a todos os acusados envolvidos nos eventos de 8/1 que foram liberados.

Essa decisão levanta questões sobre como as autoridades lidam com pessoas em situação de vulnerabilidade durante crises políticas. O caso de Figueiredo não é isolado; milhares de brasileiros enfrentam dificuldades econômicas e sociais, tornando-se alvos fáceis em momentos de instabilidade.

Outro ponto a ser considerado é a crescente tensão no país desde os eventos de janeiro do ano passado, quando manifestações contra a eleição foram marcadas por episódios de violência e caos, levando à prisão de muitos cidadãos. A libertação de Figueiredo pode ser vista como um sinal de que o sistema de justiça busca distinguir entre os verdadeiros instigadores dos atos e aqueles que, como ele, podem ter estado no lugar errado na hora errada.