O Ministério Público de São Paulo tomou uma medida importante ao solicitar que a Polícia Civil inicie uma investigação sobre a denúncia de estupro feita pela comediante Juliana Oliveira contra o apresentador Otávio Mesquita. O pedido oficial foi protocolado na quarta-feira (2/4).

De acordo com Juliana, ex-assistente de palco do programa The Noite, exibido pelo SBT, o incidente ocorreu durante uma gravação em 25 de abril de 2016, quando Mesquita supostamente tocou suas partes íntimas sem consentimento.

Em um documento obtido pelo Correio, a promotora do caso, Priscila Longarini Alves, menciona que "existem elementos que necessitam de maior investigação quanto à prática de eventual infração contra a dignidade sexual." Os detalhes da ocorrência são preocupantes: Juliana alegou que, durante a gravação, o apresentador agarrou-a e posicionou suas genitálias perto do rosto dela, além de tocá-la nas partes íntimas. A mulher, por sua vez, tentou se desvencilhar do ato.

Juliana Oliveira, que trabalhou mais de uma década ao lado de Danilo Gentili, deixou o The Noite no ano passado para se juntar ao programa Chega Mais, onde colaborou com outros apresentadores como Márcia Dantas e Regina Volpato. Ela foi desligada do SBT em fevereiro deste ano, juntamente com toda a equipe do programa.

Após a denúncia ganhar repercussão, Juliana recebeu uma onda de apoio nas redes sociais. Seus seguidores, que somam quase 1 milhão no Instagram, se manifestaram com mensagens encorajadoras. "Parabéns Juliana por ter a coragem de falar e denunciar! Estou com você!", comentou um internauta, destacando a importância da denúncia no combate à cultura do silêncio sobre abusos.

Otávio Mesquita, por sua vez, se manifestou nas redes sociais, lamentando a acusação. Em um vídeo, ele declarou: "Nunca antes na minha carreira, que já dura 40 anos, passei por uma situação assim. Fui surpreendido por essa acusação de estupro e confesso que levei um tempo para entender. Essa acusação surgiu de uma brincadeira em uma gravação que foi combinada de maneira informal." Mesquita alegou que o programa em questão foi ao ar há mais de uma década e não houve reclamações na época.

A denúncia e o desdobramento da investigação abrem um importante debate sobre a cultura de consentimento e a valorização da dignidade nas relações de trabalho, especialmente em ambientes considerados de entretenimento, onde abusos podem ocorrer de maneira silenciosa. O que você acha sobre o caso? Vamos acompanhar de perto e trazer mais atualizações.