Saúde

Governo dos EUA Reconhece Erros em Demissões de Elon Musk e Reintegra Funcionários da Saúde

2025-04-06

Autor: Fernanda

247 - O Secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., confirmou que aproximadamente 20% dos 10 mil funcionários demitidos recentemente de seu departamento o foram 'por engano'. A reintegração desses trabalhadores já está em andamento, segundo reportagens do Globo.

As demissões, realizadas pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), sob a liderança do bilionário Elon Musk, geraram um mar de críticas tanto de membros do governo quanto do público em geral. A condução do processo foi alegadamente caótica, com falta de critérios claros e transparentes para os cortes.

"Funcionários que não deveriam ter sido demitidos foram afetados", admitiu Kennedy em coletiva à imprensa na quinta-feira (3). “Estamos reintegrando esses profissionais. Essa sempre foi a nossa intenção. Desde o início, falamos sobre a necessidade de cortar 80% dos postos, sabendo que 20% poderiam ser um erro de avaliação.”

Essa confissão pode ter sido impulsionada por questões levantadas sobre a extinção de um programa essencial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que monitorava os níveis de chumbo no sangue de crianças, uma decisão que recebeu ampla reprovação de especialistas em saúde pública. Kennedy anunciou que o programa será restabelecido, assim como outras iniciativas que foram eliminadas durante os cortes.

O DOGE foi criado no segundo mandato de Trump com a meta de reduzir até 20 mil empregos no Departamento de Saúde. Além das 10 mil demissões já implementadas, outros 10 mil funcionários estão avaliando ou já se inscreveram para um plano de desligamento voluntário. Todavia, as recentes revelações sobre erros no processo podem forçar o governo a reavaliar esses planos.

As demissões atingiram setores críticos da saúde pública: aproximadamente 3,5 mil funcionários da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), 2,4 mil do CDC, 1,2 mil dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e cerca de 300 vinculados a programas como Medicare e Medicaid, que atendem a população de baixa renda. Esta situação revela não apenas a complexidade da gestão pública, mas também coloca em questão a qualidade dos serviços de saúde que esses cortes podem impactar diretamente.