Nação

Migrantes venezuelanos enfrentam crise de higiene após Trump cortar verbas: 'É tudo o que tínhamos'

2025-01-28

Autor: Gabriel

Crise de Higiene para Migrantes Venezuelanos

As instalações que ofereciam serviços essenciais aos migrantes venezuelanos em Roraima foram fechadas após a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o financiamento a ajudas humanitárias no exterior. Essa medida deixou muitos imigrantes em uma situação desesperadora, sem acesso a banheiros, chuveiros, e até mesmo água potável.

Fechamento das Unidades

As unidades afetadas, administradas pela Cáritas Brasileira e financiadas pelo Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos EUA, operavam em Boa Vista e Pacaraima. O fechamento foi determinado pelo financiador, e as portas agora estão trancadas sem previsão de reabertura.

Impacto na Vida dos Migrantes

Os serviços prestados tinham um papel crucial na vida dos migrantes, que fugiram da crise em seu país natal. Em 2024, mais de 50 mil venezuelanos foram atendidos por esse projeto. Com as unidades paralisadas, muitos estão agora desamparados.

Compromisso da Cáritas Brasileira

A organização Cáritas reiterou seu compromisso em dialogar com as autoridades americanas e brasileiras para buscar soluções para essa nova crise que afeta diretamente a população em vulnerabilidade. Por meio da Operação Acolhida, o governo brasileiro tentava fornecer suporte a esses migrantes, mas a suspensão dos fundos significa que muitos se encontram sem amparo.

Depoimentos dos Migrantes

Yohanna Santana, 37 anos, expressou sua frustração ao buscar um dos centros. "Estamos quase desidratados, não temos mais água. É uma situação insustentável!", disse, revelando a urgência da condição de higiene e saúde das famílias afetadas.

Dificuldades na Procura de Emprego

O fechamento das instalações sanitárias impactou não apenas a higiene, mas também a capacidade dos migrantes de se apresentarem de forma digna, especialmente aqueles que procuram trabalho. Simon José, 30 anos, um migrante que buscava emprego em Boa Vista, revelou a preocupação com a falta de higiene. "Sem um local para me limpar, fica muito difícil de encontrar trabalho. Precisamos de condições básicas!"

Situação Crítica

A Cáritas Brasileira afirma que a situação é crítica e que, diariamente, mais de mil pessoas ficarão sem acesso aos serviços necessários. "Estamos conversando com o governo brasileiro para mitigar essa situação, pois muitas pessoas dependem desse apoio para sobrevivência", disse um assessor da Cáritas.

Aumento da Demanda por Ajuda

Além disso, a Venezuela continua a ser uma das principais fontes de refugiados na região, e o Brasil é o terceiro país que mais acolheu venezuelanos. A maioria chega através de Roraima, buscando melhores oportunidades. Porém, com a realidade atual agravada pela falta de verba, organizações de ajuda humanitária estão lutando para atender a crescente demanda.

Condições de Vida dos Migrantes

Os migrantes, como Yohanna e sua família, enfrentam noites em abrigos lotados, onde o acesso a banhos e água é limitado. Eles anseiam pela reabertura das instalações ou por alternativas que lhes permitam recuperar a dignidade em meio a dificuldades extremas. A situação atual é um lembrete sombrio da vulnerabilidade em que muitos se encontram e da necessidade urgente de ações efetivas por parte das autoridades.