MG: Remédios Vencidos e Médicos Fantasmas Revelam Irregularidades Chocantes em Unidades de Saúde
2024-11-07
Autor: Matheus
Uma recente operação de fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) expôs uma série de problemas alarmantes nas unidades de saúde do estado. Entre os dias 5 e 6 de setembro, cinquenta unidades foram verificadas, e os resultados foram desastrosos. Incrivelmente, 80% dessas unidades não possuíam um alto de vistoria do Corpo de Bombeiros, e cerca de 30% estavam com medicamentos vencidos, colocando em risco a saúde dos pacientes.
O objetivo da ação foi investigar a qualidade do atendimento e os recursos disponíveis nas unidades de saúde pública. A analista de controle externo do TCEMG, Luisa Queiroz, detalhou: "Estamos avaliando mais de 124 questões envolvendo atendimento, medicamentos e equipamentos, como ambulâncias, por exemplo".
Dentre os problemas mais comuns encontrados, destacam-se a falta de prioridade na triagem dos pacientes e o não cumprimento das escalas de trabalho dos médicos. Em um relato alarmante, Luisa mencionou: "Identificamos médicos que estão batendo ponto, mas não estão presentes no local de trabalho. A presença de medicamentos vencidos em várias destas unidades é um aspecto gravíssimo".
As unidades fiscalizadas incluem os hospitais Júlian Kubitschek, localizado no Barreiro, e Risoleta Neves, em Venda Nova, ambos em Belo Horizonte. Durante a fiscalização, foi revelado que no Hospital Júlian Kubitschek havia registros de médicos que assinaram pontos de saída de forma prévia, indicando uma evidente irregularidade. Além disso, não havia informações sobre as especialidades médicas disponíveis em um local visível ao público, algo essencial para a transparência.
No Hospital Risoleta Neves, os problemas foram ainda mais chocantes, com sanitários interditados e falta de acessibilidade nos banheiros, prejudicando o atendimento aos pacientes. "Estamos indo além da simples fiscalização, e ao fim da operação, será emitido um relatório consolidado contendo todas as informações que serão acompanhadas de perto", acrescentou Luisa Queiroz.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) já se manifestou e anunciou que o Hospital Júlian Kubitschek está tomando providências para atender às recomendações do TCEMG. Eles informaram que medidas estão sendo implementadas para melhorar a administração, incluindo um novo fluxo de registro que promete maior precisão e controle. Além disso, as escalas das equipes serão exibidas de forma transparente na recepção do pronto atendimento, facilitando a consulta por parte dos usuários.
Esta situação é um alerta urgente sobre a necessidade de melhorias sistemáticas nas condições de saúde em Minas Gerais. O que mais será revelado na próxima fase da fiscalização? Fique atento!