Médica é denunciada por emitir falsos laudos de câncer de pele para pacientes
2024-10-30
Autor: Matheus
Uma médica de Pato Branco, no Paraná, está no centro de um escândalo após ser denunciada por emitir laudos falsos de câncer de pele e recomendar cirurgias desnecessárias. O caso chocou a comunidade local e levanta questões importantes sobre a ética na profissão médica. Entre as acusações estão lesão corporal, estelionato, falsidade ideológica e a prática de atividades profissionais sem as devidas qualificações.
De acordo com o Ministério Público do Paraná, ao menos 38 vítimas se apresentaram para denunciar a médica, que começou a ser investigada em março, após pacientes começarem a duvidar da necessidade dos procedimentos cirúrgicos solicitados. Até o momento, 31 vítimas já procuraram a Polícia Civil para registrar queixas. As declarações foram investigadas pela equipe do g1.
O delegado responsável pelo caso, Helder Lauria, confirmou que a médica operava sozinha e que muitos pacientes relataram ter sentido uma "forte pressão psicológica" para realizarem os procedimentos imediatamente após as consultas, uma tática que aumentava a vulnerabilidade dos pacientes. Essa situação levanta um alerta sobre a necessidade de cuidados e abordagens mais rigorosas na avaliação de procedimentos médicos.
Além disso, as vítimas contaram que a médica examinava pintas e manchas em seus corpos, afirmando que poderiam ser cancerígenas. Em uma prática alarmante, ela retirava o material para biópsia e fornecia um resultado falso de câncer de pele, aparentemente gerado em uma copiadora comum, utilizando métodos nada convencionais e antiéticos.
A defesa da médica nega que ela tenha sido intimada a depor e garante que está "preparada com todas as teses defensivas, visando o esclarecimento dos fatos." O caso levanta não apenas questões legais, mas também reflexões sobre a confiança que depositamos nos profissionais da saúde e a importância de verificarmos a credibilidade de diagnósticos médicos. Essa história ainda está longe de um fim, e muitos pacientes se perguntam: como evitar cair em armadilhas semelhantes no futuro?