Fim da Era dos CDBs na Master?

Recentemente, a situação do Banco Master se complicou ainda mais com a recusa do Banco Central em aprovar a proposta de compra por parte do BRB. Agora, os investidores que têm papéis da instituição estão em um verdadeiro compasso de espera, ansiosos pelos próximos desdobramentos. Em caso de liquidação extrajudicial, será o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) que assumirá a responsabilidade pelo pagamento dos ativos, limitado às regras vigentes.

A Tormenta dos Certificados de Depósito Bancário

Desde maio, quando o Master recebeu uma injeção de recursos do FGC, a emissão de novos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e letras foi interrompida, de acordo com fontes ligadas a grandes plataformas de distribuição. No entanto, o mercado secundário ainda pulsa: alguns investidores, atraídos pelas altas taxas que chegaram a superar 20% nos prefixados e até 160% do CDI nos pós-fixados, estavam apostando em uma solução favorável para a situação do banco.

Limites do FGC e Riscos para os Investidores

Importante lembrar que o FGC cobre depósitos de poupança, contas correntes, e títulos de crédito imobiliário e do agronegócio até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e até um limite global de R$ 1 milhão em caso de acionamento coletivo em quatro anos. Isso significa que muitos investidores podem se deparar com perdas significativas caso suas aplicações ultrapassem esses limites.

Posição dos Principais Distribuidores

A XP Investimentos, liderando o mercado com cerca de 70% na distribuição de títulos bancários, detém uma fatia considerável dos papéis do Master, estimada em R$ 35 bilhões. Contudo, a quantidade de investidores que estão acima do teto de cobertura do FGC é mínima, somente 0,03% a 0,04% do total, segundo fontes atualizadas. Por outro lado, o BTG Pactual já teria cerca de R$ 10 bilhões em papéis da Master, mas a maior parte não está mais em transações.

Futuro Incerto para os Investidores

Com um cenário nebuloso e a falta de vendas da Master desde dezembro de 2024, muitos se perguntam: o que vem a seguir? As instituições consultadas sobre o tema permanecem em silêncio, deixando os investidores em uma espera angustiante. Uma coisa é certa: o mercado está observando atentamente os desdobramentos, pois as decisões que tomarem daqui para frente poderão impactar diretamente suas finanças.