A Marfrig, uma das maiores empresas de alimentação do mundo, está liderando uma revolução na pecuária nacional ao implementar tecnologias de inteligência artificial (IA) para medir o estoque de carbono nas fazendas de gado. Esta iniciativa faz parte de um compromisso mais amplo da empresa em direção a uma pecuária de baixo carbono, que promete ser não apenas 100% rastreada, mas também livre de desmatamento e promotora de práticas inclusivas até 2025.

Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da Marfrig, explica que a qualidade do solo é fundamental para o sucesso da agropecuária. "Um pasto degradado impacta negativamente não apenas a saúde do solo, mas também a qualidade do capim e, consequentemente, o bem-estar dos animais que dependem dele. Ao melhorar a saúde do solo, conseguimos não apenas aumentar a capacidade de sequestro e estoque de carbono, mas também possibilitar a geração de créditos de carbono, uma excelente fonte de renda extra para os produtores."

Este projeto-piloto, inicialmente restrito, tem como objetivo ser expandido para todos os produtores da cadeia de fornecimento da Marfrig, o que poderá transformar o setor pecuário no Brasil. Pianez destaca que apostar em tecnologias avançadas pode elevar os padrões da pecuária no país. "Com a coleta rápida e eficiente de dados, podemos operar em uma pecuária de baixa emissão e utilizar as áreas disponíveis de forma mais inteligente, evitando a abertura de novas áreas, que podem levar ao desmatamento. Já temos espaço suficiente no Brasil para dobrar a produção, desde que o manejo agrícola seja adequado. Isto é a essência da agropecuária regenerativa: avaliar e melhorar as capacidades do solo."

Adicionalmente, a uzņēmė espera que esse modelo não apenas beneficie o meio ambiente, mas também traga retorno econômico para os agricultores, alinhando produtividade e sustentabilidade. Com um novo enfoque sobre a gestão de recursos, a Marfrig mostra que é possível inovar e proteger o planeta ao mesmo tempo.