Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, está montando sua equipe de política externa e segurança nacional. Segundo informações do "New York Times", Marco Rubio, senador da Flórida desde 2010, é forte candidato a assumir o cargo de secretário de Estado. Conhecido por suas opiniões incisivas sobre países como China, Irã, Venezuela, Cuba e Brasil, Rubio não tem papas na língua quando se trata de criticar líderes internacionais.

Em 2023, ele chamou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "líder da extrema esquerda", citando a relação próxima de Lula com a Venezuela. As polêmicas não param por aí; Rubio criticou duramente a decisão de proibir o X (antigo Twitter) no Brasil, afirmando que "é a mais recente manobra do juiz Alexandre de Moraes para minar as liberdades básicas". Seu alerta sobre a suspensão da plataforma no Brasil e sua preocupação com a liberdade de expressão ecoaram na mídia internacional e aumentaram sua visibilidade entre os conservadores.

Além de suas críticas ao Brasil, Rubio tem defendido uma política industrial americana robusta, visando aumentar a competitividade frente à economia estatal da China. Ele co-presidiu uma comissão bipartidária dedicada a investigar abusos de direitos humanos na China e, em 2020, foi responsável por um projeto de lei que buscava proibir a importação de produtos chineses fabricados com trabalho forçado.

Actuando como um dos principais defensores de ações duras contra o governo venezuelano, em 2019, ele foi fundamental na pressão sobre Trump para implementar sanções severas. Recentemente, Rubio também expressou apoio incondicional à guerra de Israel em Gaza, destacando sua visão assertiva em questões de segurança internacional.

Se confirmado, seu papel como secretário de Estado poderá moldar a política externa dos EUA nos próximos anos, especialmente em relação a nações vistas como adversárias. O que isso significa para as relações Brasil-Estados Unidos? Apenas o tempo dirá, mas as repercussões podem ser significativas, dada a postura crítica de Rubio em relação ao governo Lula e suas ambições em uma nova era da política externa americana.