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Manifestantes prós-Palestina furtam bustos do primeiro presidente de Israel em Manchester

2024-11-03

Autor: Fernanda

Imagens divulgadas nas redes sociais registraram o momento em que indivíduos mascarados quebraram uma vitrine de vidro na Universidade de Manchester, levando consigo duas esculturas de Chaim Weizmann, o primeiro presidente de Israel.

Neste domingo (03), a polícia de Manchester revelou que está investigando o furto das duas estátuas, um ato reivindicado por um grupo identificado como Ação Palestina. O ato ocorreu em alusão ao 107º aniversário da Declaração Balfour, um documento histórico que desempenhou um papel crucial na criação do Estado de Israel em 1948.

A Declaração Balfour, assinada em 2 de novembro de 1917 pelo então ministro das Relações Exteriores britânico, Arthur Balfour, pedia o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina, um passo que resultou em tensões que ainda permeiam o conflito árabe-israelense e o deslocamento de centenas de milhares de palestinos.

Em resposta ao furto, o Conselho Representativo Judaico da Grande Manchester manifestou sua indignação no X (antigo Twitter), denunciando a invasão da universidade e pedindo às autoridades que tomem medidas severas contra o grupo Ação Palestina: "Durante a noite, criminosos da Ação Palestina invadiram a Universidade, destruíram a vitrine e furtaram a estátua de Weizmann".

A polícia local informou que recebeu notificações sobre o roubo na noite de sexta-feira (01) e garantiu que está trabalhando para identificar os responsáveis. As imagens capturadas mostram duas pessoas quebrando a vitrine antes de retirarem os bustos da universidade.

Este incidente não apenas reacende antigas polêmicas sobre a relação entre Israel e Palestina, mas também levanta questionamentos sobre a segurança de monumentos e estruturas que simbolizam a história e a cultura de diferentes povos. A situação atual em Gaza e Israel tem gerado um clima de tensão global, e ações como essa tendem a intensificar os debates sobre direitos territoriais e justiça histórica.

À medida que a comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos deste caso, a expectativa é que as autoridades tomem medidas cabíveis para evitar que episódios de vandalismo e provocação se repitam.