Maduro Mobiliza as Forças Armadas em Resposta a Ameaças Estrangeiras

Em uma manobra surpreendente, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou reservistas e milicianos para treino de tiro neste fim de semana, como uma resposta direta às tensões com os Estados Unidos. Durante um discurso emocionante transmitido pela televisão estatal, ele convocou todos os que se alistaram a se dirigirem aos quartéis.

"O povo deve chegar aos seus quartéis para receber treinamento e aprender a defesa da pátria nas práticas de tiro", afirmou Maduro, ressaltando a importância da preparação militar diante de possíveis ameaças de superpotências.

A Presença Militar Americana no Caribe

A tensão entre os países aumentou desde que, em agosto, os EUA enviaram oito navios de guerra e caças F-35 para o sul do Caribe, alegando operações contra o narcotráfico. No entanto, Maduro não hesita em acusar os EUA de tentativas de interferência em assuntos latino-americanos, classificando as ações como um pretexto disfarçado.

Mobilização de Armas e Soldados

No mesmo evento, Maduro anunciou que armamentos, incluindo fuzis, tanques e mísseis, foram mobilizados por todo o país para garantir a defesa contra possíveis ataques americanos. "Quem quer paz, prepare-se para defendê-la!", clamou ele, instigando o patriotismo entre os cidadãos.

Convocação da Milícia Bolivariana

O presidente também solicitou o alistamento de 25 mil efetivos das Forças Armadas em estados fronteiriços, além de convidar cidadãos a se juntarem à Milícia Bolivariana, uma força composta por civis armados para se fortalecer ainda mais.

"Milicianos, reservistas e jovens, todos terão seu lugar nas 312 unidades militares do país para receber o treinamento necessário", completou Maduro em sua convocação.

O Debate Sobre a Eficiência da Milícia

Embora o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) estime que a Milícia Bolivariana conta com cerca de 212 mil efetivos, especialistas em segurança levantam dúvidas sobre a eficácia real, citando que apenas cerca de 30 mil estão bem treinados e armados, destacando a natureza ideológica e a composição da força.

Esta mobilização reflete um aumento das tensões e um chamado à unidade da nação, em meio a um cenário internacional incerto, onde a Venezuela se vê cercada por ameaças externas.