Após mais de um ano livre no mercado desde sua última passagem pelo Corinthians, Vanderlei Luxemburgo abriu o coração em uma entrevista ao podcast Charla. Ele revelou que, atualmente, não se vê mais como treinador, mas deixou claro quais condições o fariam reconsiderar essa decisão.

Luxemburgo, um dos técnicos mais vitoriosos do Brasil, mencionou que aceitaria um convite para ser dirigente em um clube, desde que pudesse ter participação direta em decisões estratégicas relacionadas ao futebol. "Se me disserem que eu serei o responsável, eu aceitaria. Não quero mais saber de diretores executivos que apenas seguem seus próprios interesses", declarou.

Ele fez um desabafo contundente sobre a falta de respeito que enfrenta e criticou a instabilidade nos cargos de treinadores em clubes como Flamengo e Palmeiras. "Quantos técnicos mudaram no Flamengo com o Rodrigo Caetano? Uma série. O mesmo no Palmeiras com Alexandre Mattos. Para assumir a responsabilidade, tem que ter efetividade e participação real nos negócios," enfatizou.

Luxemburgo também falou sobre a importância das categorias de base no desenvolvimento do futebol brasileiro. Ele exaltou o modelo que o Palmeiras vem adotando, ressaltando que o investimento em jovens talentos traz resultados a médio e longo prazo. “O Flamengo e o Palmeiras estão colhendo frutos disso. A venda de jogadores da base se tornou uma das maiores fontes de receita, algo que tem um impacto financeiro significativo ao longo do tempo”, explicou.

Apesar das oportunidades, Luxa deixou claro que não tem interesse em voltar à função de treinador, citando preocupações com sua imagem após décadas de carreira. "Não quero ser atacado. As pessoas falam sobre mim sem saber da minha história, criticam sem respeito. Eu não quero que meu nome seja discutido por aqueles que não entendem nada de futebol".

A saída de Vanderlei Luxemburgo do cenário do futebol deixou os fãs e analistas se perguntando: será que o futebol brasileiro perderá um dos seus maiores ícones por causa de desrespeito e falta de profissionais comprometidos? Uma coisa é certa: ele ainda tem muito a dizer.