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Lula em Xeque: Novos Líderes de Esquerda Desafiam Seu Comando!

2024-09-26

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um desafio inesperado: uma nova geração de líderes locais está questionando suas posições e estratégias. Atingindo o clímax na recente cúpula da ONU em Nova York, Lula teve um embate significativo de ideias com o presidente do Chile, Gabriel Boric. O chileno não hesitou em dizer que a esquerda estaria cometendo um grande erro ao aplicar padrões duplos na crítica a governos do mesmo espectro ideológico.

No evento, Boric expressou sua preocupação com a recente 'venezuelização' da política chilena, uma realidade que, segundo ele, trouxe danos profundos para todas as esquerdas latino-americanas. Ele já havia discutido suas preocupações com Lula anteriormente, especialmente em relação ao apoio do Brasil ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela. A estranha aliança entre os dois líderes é marcada por desentendimentos; Boric sempre contestou a legitimidade das eleições venezuelanas, enquanto Lula se mostrou confiante na integridade do processo. Curiosamente, durante sua fala na Assembleia Geral da ONU, Lula optou por não mencionar a Venezuela, o que deixou muitos analistas perplexos.

As divergências de Lula com Boric vão além da política venezuelana e abarcam questões globais, como a guerra na Ucrânia. Boric, no passado, criticou o texto final da Cúpula da Celac-UE por ser muito brando em relação ao conflito, chamando-o de 'triste'. Lula reagiu com desdém, sugerindo que a inexperiência de Boric o tornava excessivamente impaciente nas discussões multilaterais.

Além disso, uma pesquisa recente realizada pelo Pew Research Center revelou uma queda na popularidade de Lula entre os latino-americanos. Dos 5.180 entrevistados, apenas 38% dos chilenos confiaram que Lula faria a coisa certa em questões internacionais. México (60%), Peru (55%) e Colômbia (53%) também mostraram desconfiança. Na Argentina, a situação é ambígua, com 49% manifestando desconfiança do líder brasileiro. Em contraste, os Estados Unidos ainda veem Lula com um olhar mais favorável, com 64% dos entrevistados acreditando em sua boa vontade.

O cenário se complica ainda mais quando consideramos que Boric não pretende ser o novo líder da esquerda latino-americana, mas suas críticas ressaltam um desgaste nas diretrizes históricas da política externa do Brasil, que se opunha à influência americana. Esse momento tumultuado na política latino-americana revela a fragilidade das relações entre os líderes de esquerda e questiona o futuro da aliança que outrora parecia inabalável. O que isso significa para Lula e sua administração? Fiquem atentos, pois a batalha pelo controle da narrativa e da influência na América Latina está apenas começando!