Mário Gomes, ator renomado, se manifestou nas redes sociais após ser despejado de sua mansão localizada em um luxuoso condomínio na Joatinga, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Indignado com a situação, ele compartilhou que pagou as dívidas trabalhistas referentes à fábrica que possuía, mas alega que foi 'induzido ao erro' durante todo o processo jurídico que se arrastou por anos entre os tribunais do Paraná e do Rio de Janeiro.

Mário explicou em uma série de stories no Instagram que uma sindicalista os acompanhou até um juiz de paz quando deveria ter ido ao juiz do trabalho para formalizar o pagamento. Infelizmente, devido a essa orientação, ele agora se vê em uma situação onde é cobrado novamente por débitos já quitados. O ator, que já havia considerado vender sua propriedade para quitar as pendências, revelou sua grande insatisfação ao ver que sua casa estava em leilão. Apesar das provas documentais, ele garantiu que não possui nada a esconder e os comprovantes estão à disposição na Justiça.

A fábrica de jeans foi alvo de uma investigação pelo Ministério Público, que analisou os benefícios questionáveis que Mário e sua sócia, Márcia Mendes, receberam da prefeitura de Entre Rios do Oeste, no Paraná. Em 1999, a promotoria instaurou uma ação devido a alegações de que a prefeitura havia fornecido vantagens indevidas à empresa, que incluiu investimentos de quase R$ 500 mil para a instalação do negócio.

Durante o período em que a Mário Gomes Indústria e Comércio de Confecções LTDA esteve ativa, cerca de 70 funcionários ficaram sem receber salários, levando o MP a solicitar a quebra do sigilo bancário da empresa. Apesar das dificuldades financeiras vividas pela fábrica, os funcionários buscaram seus direitos na Justiça, resultando em uma dívida trabalhista que ultrapassou o montante de R$ 1 milhão.

Recentemente, Mário Gomes se viu sem teto, depois que sua mansão foi leiloada judicialmente para cobrir uma dívida trabalhista. O imóvel, que foi avaliado em R$ 1,5 milhão, foi vendido por R$ 720 mil. Atualmente, pertence à Associação dos Servidores Públicos Auxiliares dos Governos da União, dos Estados e dos Municípios (ASPAG), que ainda não tomou posse devido a diversos recursos legais apresentados pelo ator e sua esposa, Raquel Palma.

O evento do despejo foi marcado por momentos difíceis para Mário e sua família, que precisaram deixar a propriedade que ocupavam desde 2002. Mário foi gravado saindo da casa em um caminhão de mudança, onde personalidades da mídia assinalaram seu abatimento na ocasião. A situação se tornou um exemplo das consequências que uma má administração empresarial pode trazer não só para a carreira de um artista, mas também para sua vida pessoal.

Atualmente, a mansão, que se apresenta em estado de abandono e é cercada por vegetação alta, tem causado preocupações sobre a preservação e o estado da propriedade, que está localizada em uma das áreas mais valorizadas do Rio de Janeiro, conhecida como "Beverly Hills carioca". Especialistas estimam que o valor de um imóvel similar hoje possa girar em torno dos R$ 20 milhões, considerando a localização e a vista do mar.

Este caso intrigante levanta questões sobre segurança jurídica, responsabilidade empresarial e o impacto de decisões impulsivas tanto em carreiras artísticas quanto na vida financeira.