Lula e Bolsonaro: Torcidas que não mudam nada na política internacional
2024-11-04
Autor: Fernanda
Recentemente, Lula expressou seu apoio à candidatura de Kamala Harris nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, enquanto Jair Bolsonaro declarou seu apoio a Donald Trump. Essa divisão nas preferências políticas dos dois líderes brasileiros levanta questões sobre a influência real do Brasil no cenário internacional.
Lula, em suas declarações, afirmou que a vitória de Kamala seria um fortalecimento da democracia nos Estados Unidos, enfatizando a importância de um sistema político que permita o debate civilizado e contraditório. Por outro lado, Bolsonaro vê Trump como a chave para um mundo mais seguro, sem guerras e terrorismo, destacando a necessidade de liberdade em sua forma mais pura.
No entanto, questiona-se o quanto essas torcidas realmente importam. A democracia americana é uma das mais robustas do mundo e, independentemente de quem vença, certamente encontrará maneiras de se manter e se adaptar. A ideia de que Trump ou Kamala poderiam ser a solução mágica para todos os problemas globais é, no mínimo, ingênua.
Outro ponto a ser considerado é a noção de diplomacia brasileira. Por que Lula e Bolsonaro se sentem à vontade para apoiar candidatos nos Estados Unidos? Isso se deve ao fato de que a influência do Brasil no cenário global é diminuta. As estatísticas falam por si: o Brasil representa cerca de 1% do comércio mundial e sua bolsa é responsável por apenas 0,5% dos investimentos globais. Quando olhamos para a renda per capita, que é abaixo de U$ 10 mil, percebemos que a imagem de uma grande economia global não é condizente com a realidade.
As relações diplomáticas do Brasil têm se moldado de maneira desesperada ao longo dos anos. Sob Lula, por exemplo, o antiamericanismo criado relaciona o país a nações como Rússia e China, levando o Brasil a uma situação de subserviência. Em vez de se colocar como um líder regional, o país se tornou quase uma figura secundária, um "peixinho" que se alimenta dos restos de grandes potências.
No fim, a verdade é que as opiniões de Lula e Bolsonaro sobre as eleições americanas não têm impacto significativo no mundo. O Brasil pode torcer à vontade, mas a realidade é que sua relevância no cenário global continua a ser extremamente limitada. Se o Brasil deixasse de existir, poucas mudanças seriam sentidas em nível mundial, exceto talvez uma leve alteração na dieta dos porcos chineses que dependem de nossa soja.
Assim, a liberdade que ambos os líderes se sentem para apoiar candidatos a presidência dos EUA reflete não só uma desconexão com os interesses nacionais, mas também a percepção de que suas opiniões, na realidade, não deixam marcas.