Em uma ação ousada, a Polícia Civil iniciou esta semana a operação Rastreio em Canoas, com o intuito de combater a crescente onda de assaltos a pedestres e a receptação de objetos furtados. A operação revelou o triste cenário da venda de eletrônicos roubados no estado.

Segundo o delegado Rodrigo Caldas, da 2ª Delegacia de Polícia de Canoas, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária. A ação não se limitou a Canoas; também foram realizadas operações em São Leopoldo, Novo Hamburgo e Vera Cruz, demonstrando o alcance das investigações.

"A investigação revelou que uma parte significativa dos celulares roubados estava sendo levada para outras cidades, como São Leopoldo e Novo Hamburgo. Uma loja específica em Novo Hamburgo é investigada por vender celulares que foram originalmente roubados em Canoas", afirmou Caldas.

Durante a operação, a polícia conseguiu prender um dos assaltantes, que utilizou uma arma de fogo durante as investidas criminosas, o que caracteriza um crime hediondo sob a lei brasileira. A ação também resultou em apreensões de diversos eletrônicos, incluindo telefones celulares e acessórios, com um valor acumulado de quase R$ 80.000,00 em dinheiro. Impressionantemente, vários bens já foram restituídos às vítimas.

As investigações apontam que os alvos da operação poderiam estar envolvidos em, pelo menos, seis assaltos a pedestres apenas nos últimos dois meses. Os crimes ocorreram em áreas de grande movimentação, como nos bairros Nossa Senhora das Graças e Niterói, sendo que em um dos assaltos, dois criminosos atacaram um pedestre nas proximidades de uma estação de trem.

"Estamos focados em desmantelar tanto os assaltantes quanto os receptadores de produtos roubados. Ao desarticular as redes de receptação, podemos reduzir significativamente a circulação de celulares roubados", conclui Caldas.

A população deve estar atenta!

Se você ou alguém que você conhece foi vítima de roubo de celular, é fundamental denunciar e colaborar com a polícia para combater essa prática criminosa que assola nossa comunidade.