Na última quarta-feira (13/11), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, fez críticas contundentes ao deputado Arthur Lira, atual presidente da Câmara, durante uma reunião com a bancada do partido. O encontro, que teve a presença apenas de Kassab e Antonio Brito, ex-candidato ao comando da Casa, resultou na retirada da candidatura de Brito, que é o líder do PSD.

Durante sua fala, Kassab expressou descontentamento com o fato de Lira ter negociado relatorias diretamente com os parlamentares, sem consultar Brito, o que é visto como uma falta de respeito com a liderança da sigla. Apesar das críticas, Kassab reconheceu que não havia mais reclamações significativas sobre Lira além dessa questão.

Os aliados de Brito e Kassab afirmam que o entendimento entre Lira e Kassab foi crucial para que o PSD desistisse da candidatura de Brito e decidisse apoiar Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Essa mudança de apoio é um indicativo de como as alianças na política podem ser voláteis e estratégicas.

Além disso, segundo fontes próximas ao andamento da reunião, a desistência de Brito em prol de um novo apoio trará benefícios ao PSD, que deve receber um cargo na mesa diretora da Câmara, possivelmente a quarta secretaria, responsável por questões como apartamentos funcionais e auxílio-moradia.

O PSD também deve garantir a manutenção do comando da Corregedoria da Câmara, além das presidências de duas importantes comissões temáticas: Minas e Energia e Turismo. Outro ponto estratégico acordado é a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) em 2026, que terá um papel vital na análise do orçamento da União de 2027, no primeiro ano do próximo governo.

Com um jogo político tão dinâmico, os próximos passos de Kassab e do PSD podem impactar não apenas a política da Câmara, mas todo o panorama político nacional. Fique atento aos desdobramentos dessa história!