Joinville perde um ícone: ex-secretário de Saúde e médico renomado Ronald Moura Fiuza falece aos 76 anos
2024-11-08
Autor: Fernanda
Na noite desta quinta-feira (8), a cidade de Joinville foi surpreendida pela triste notícia da morte do médico reconhecido e ex-secretário de Saúde, Ronald Moura Fiuza, que faleceu aos 76 anos. Natural de Minas Gerais, Fiuza era não apenas um neurocirurgião respeitado, mas também um apaixonado por futebol e um excelente contador de histórias. Chegou a Joinville em 1973 e, juntos com seu colega Djalma Starling Jardim, foram pioneiros na neurocirurgia na região.
A Academia Joinvilense de Letras, da qual Fiuza era membro ativo e vice-presidente entre 2020 e 2022, confirmou seu falecimento. Sua trajetória na medicina foi marcada por contribuições significativas, onde estabeleceu um padrão de ética e profissionalismo que inspirou muitos colegas. A Clínica Neurológica, da qual foi cofundador, destacou o impacto que Fiuza teve, definindo-o como um "mestre com as palavras" que sempre buscou integrar ciência, tecnologia e o bem-estar dos pacientes.
Fiuza teve um papel de destaque na Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, atuando como presidente entre 1998 e 2000, e também foi um membro ativo na Academia Catarinense de Medicina. Durante seu mandato como secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina (1995-1997), ele trabalhou arduamente para melhorar o sistema de saúde do estado. Sua experiência internacional o levou a representar o Brasil em várias federações de neurocirurgia.
Além de seus muitos cargos, Fiuza foi ainda diretor do Hospital São José de Joinville e vice-presidente da Federação Brasileira de Hospitais. Sua vida foi permeada por sua atuação em 15 sociedades científicas, incluindo quatro internacionais, e ele foi responsável pela organização de 12 congressos, em quatro dos quais presidiu. Ao todo, foi autor de 90 publicações científicas, consolidando seu espaço como um dos líderes na neurocirurgia.
Nos últimos anos, Ronald Fiuza se dedicou à literatura, publicando três livros nos quais refletiu sobre temas como fé, espiritualidade e o amor. Seu último livro, intitulado "Não sei e não saberei jamais", foi lançado em setembro de 2024, revelando sua busca por compreensão e conexão em um mundo complexo.
Ele deixa sua esposa, dois filhos e um legado imensurável de amigos e admiradores. Em meio ao luto, ainda não há informações concretas sobre o velório, mas sua contribuição à medicina e à comunidade será lembrada por todos.