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JHSF Se Desfaz de 18% do Ponta Negra e Reforça Estratégia de Alta Renda

2025-01-03

Autor: Gabriel

A JHSF acaba de concretizar a venda de sua participação de 18% no Shopping Ponta Negra, localizado em Manaus. Embora seja uma transação considerada pequena, seu significado estratégico para a companhia é imenso, reafirmando seu foco em ativos de alta renda.

Os compradores da participação foram outros acionistas do shopping, que desembolsaram impressionantes R$ 82 milhões pela transação. No entanto, a JHSF optou por não divulgar o cap rate envolvido no negócio.

Com essa venda, a JHSF se desfez do último ativo de seu portfólio que não possuía um perfil voltado para segmentos de alta renda, dado que em março de 2023, já havia vendido o Shopping Bela Vista, na Bahia.

O CEO da JHSF, Augusto Martins, revelou ao Brazil Journal que tanto o Shopping Ponta Negra quanto o Shopping Bela Vista não se alinhavam mais com os objetivos estratégicos da empresa. Agora, a JHSF concentrará seus investimentos em ativos de renda recorrente voltados para consumidores de alta renda, um movimento que promete maximizar a rentabilidade e fortalecer sua posição no mercado.

No ano passado, a JHSF já havia realizado a venda de 22% da participação no Ponta Negra e 14,3% do Bela Vista para o fundo XP Malls, além de participações no Catarina Fashion Outlet e no Shops Faria Lima, projeto que deve ser inaugurado em 2026. Todo o pacote de vendas anterior somou um total de R$ 443 milhões.

Além disso, em junho recente, a empresa vendeu mais 10,7% do Bela Vista por R$ 79,1 milhões, consolidando uma estratégia agressiva de desinvestimentos em ativos que não se encaixam mais em sua visão.

Atualmente, o portfólio de shoppings da JHSF é composto pelo Cidade Jardim, Shops Jardins e Shops Faria Lima, todos em São Paulo, além do Catarina Fashion Outlet e do Boa Vista Village Town Center, localizado no interior do estado de São Paulo.

Atualmente, a JHSF possui um valor de mercado aproximado de R$ 2,5 bilhões na Bolsa de Valores, embora suas ações tenham enfrentado desafios, apresentando uma queda de 31% nos últimos doze meses. Para analistas do setor, essa é uma fase crítica para a empresa, que deve focar na recuperação e no crescimento de ativos estratégicos para garantir um futuro mais promissor.