O governo de Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, decidiu intervir na Casa da Moeda, responsável pela impressão dos pesos argentinos desde 1875. A medida radical suspendeu a produção de cédulas em todo o país e foi amplamente noticiada pelo jornal El País.

Os efeitos dessa decisão têm sido profundos e imediatos, gerando uma onda de reações negativas, especialmente entre os sindicatos. Os trabalhadores acusam Milei de comprometer a 'soberania econômica' da Argentina em meio a uma crise inflacionária que assola a nação. O governo justifica a suspensão como parte de um programa mais amplo de ajuste fiscal e reformas administrativas.

Particularmente, a interrupção da fabricação de cédulas de baixa denominação, como as de 1.000 e 2.000 pesos, que possuem um valor de mercado equivalente a R$ 5,80 e R$ 11,60, é vista como um golpe contra a população que luta contra o aumento dos preços. Além disso, os funcionários da Casa de Moeda foram orientados a tirar férias, o que traz à tona preocupações acerca da sustentabilidade do setor público.

A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) expressou sua indignação em nota oficial, alertando para a possível privatização da Casa da Moeda e para as implicações que isso teria sobre a autonomia financeira da Argentina.

Desde o início do governo Milei, a estratégia de custear novas cédulas tem envolvido a contratação de empresas internacionais, como a estatal chinesa Banknote Printing and Minting Corporation (CBPMC). Essa dependência levanta questões críticas sobre a capacidade do país de manter sua própria produção, enquanto a Casa da Moeda acumula uma dívida alarmante de cerca de 400 milhões de dólares.

O futuro da Casa de Moeda é incerto, e o governo está considerando uma variedade de opções, que vão desde o fechamento definitivo até a privatização ou uma reestruturação significativa. Essa situação levanta preocupações sobre o que isso significa para a economia argentina, especialmente em tempos de crise. A população está ansiosa para ver se as medidas do governo trarão alívio econômico ou se apenas aprofundarão a crise que enfrentam. Fique atento às próximas novidades nesta história que promete abalar as estruturas do país!