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Israel Anuncia Envio de US$ 8,7 Bilhões em Ajuda Militar dos EUA, e Chefe da Autoridade Palestina Exige Fim do Suprimento de Armas na ONU

2024-09-26

O governo israelense declarou que os Estados Unidos enviarão um pacote de ajuda militar de US$ 8,7 bilhões, que será principalmente empregado nas operações das Forças Armadas de Israel contra o Hezbollah no Líbano. O anúncio coincide com o discurso do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na Assembleia Geral da ONU, onde solicitou que a comunidade internacional interrompa o envio de armas a Israel, alertando que 'essa loucura não pode continuar'.

Do total destinado no novo pacote, US$ 3,5 bilhões (aproximadamente R$ 19 bilhões) serão alocados para a aquisição de material militar. Outros US$ 5,2 bilhões (cerca de R$ 28,2 bilhões) irão para a ampliação da defesa antiaérea, que inclui o famoso Domo de Ferro e o Estilingue de David, dois dos sistemas de mísseis mais eficazes de combate de Israel.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou que não aceitará a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos e França. Ele insistiu que Israel deve continuar suas ações contra o Hezbollah, afirmando que a segurança dos cidadãos israelenses é a prioridade máxima. Netanyahu chegou a afirmar que eles não respondem à iniciativa ocidental e que as operações militares continuarão com "força total" até que os residentes do norte de Israel possam retornar às suas casas em segurança.

As tensões no Oriente Médio escalaram drasticamente, com os ataques aéreos israelenses causando um número alarmante de baixas. Na madrugada de quinta-feira (26), mais de 23 civis sírios, incluindo mulheres e crianças, perderam a vida em bombardeios em Younine, no Líbano. De acordo com a Reuters, os ataques também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah, com relatos de um número crescente de mortos e feridos.

Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano informou que os bombardeios resultaram em pelo menos 72 mortes e mais de 390 feridos. Somente desde o início da operação aérea israelense, as autoridades libanesas reportaram sobre 620 mortes. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, condenou os ataques, alegando que Israel está atacando civis sob a justificativa de atingir estruturas do Hezbollah.

As Forças de Defesa de Israel continuam a se preparar para uma possível incursão terrestre no Líbano, realizando exercícios próximos à fronteira, buscando melhorar suas capacidades operacionais diante da crescente ameaça representada pelo Hezbollah, que já lançou muitos foguetes em direção a cidades israelenses.

No contexto mais amplamente político, Mahmoud Abbas destacou a necessidade de um compromisso internacional em favor da paz, lembrando que a Palestina é reconhecida como estado por 142 países membros da ONU, incluindo o Brasil. Em meio a esse embate, a sanção e o apoio militar dos EUA a Israel permanecem uma questão polarizadora que divide a opinião pública tanto nacional quanto internacional.

À medida que a situação continua a evoluir, os olhares se voltam para as possíveis repercussões desta escalada do conflito e para a resposta das organizações internacionais em busca de um cessar-fogo duradouro para evitar mais derramamento de sangue na região.