Isabel Veloso revela demissão após diagnóstico de câncer: entenda os direitos legais
2024-11-14
Autor: Ana
Na última quarta-feira (13), a influenciadora digital Isabel Veloso fez uma declaração impactante sobre sua trajetória profissional marcada pelo diagnóstico de câncer. Segundo Isabel, ela foi demitida logo após informar a empresa sobre sua condição de saúde.
"Relatei que tinha câncer e que era uma doença sem cura (soube do meu diagnóstico neste ano). Fui mandada embora, insinuando que uma pessoa assim não traria lucro. É uma realidade triste e acontecida muito mais do que pensamos", comentou a jovem, destacando a situação precária que muitos enfrentam ao lidar com doenças graves.
Atualmente, Isabel está grávida e enfrenta a volta do linfoma de Hodgkin, tendo iniciado um novo ciclo de quimioterapia. Em suas redes sociais, ela compartilha abertamente sua experiência, incluindo vídeos emocionantes que mostram o processo do tratamento, que será realizado semanalmente.
O que a legislação trabalhista diz sobre isso?
Embora não exista uma legislação específica que garanta a estabilidade no emprego durante o tratamento de uma doença grave, a jurisprudência é clara. A Súmula 443 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) considera discriminatória a demissão de funcionários que sofrem de alguma condição que traga estigma ou preconceito, como é o caso do câncer. Isso significa que despedir alguém por causa da doença é reconhecido como uma violação dos direitos trabalhistas.
Além disso, a jurisprudência do TST reconhece que pacientes com neoplasia maligna (câncer) estão protegidos por essa legislação. Em diversos casos, após demissões consideradas discriminatórias, houve concessão de indenizações. Um exemplo notável ocorreu em 2022, quando uma funcionária de uma locadora em Brasília, diagnosticada com câncer de mama, recebeu R$ 50 mil por danos morais após ter sido demitida injustamente, conforme o entendimento do TST.
Isabel Veloso: do luto à esperança
Isabel já havia sido considerada uma paciente terminal com previsão de vida estimada em apenas seis meses. Inicialmente, ela optou por cuidados paliativos, mas agora decidiu retornar à quimioterapia, esclarecendo que o câncer não apresenta risco imediato para ela ou para o bebê que espera.
"Minha doença era terminal e, embora eu não tivesse certeza se a situação se estabilizaria, hoje posso dizer que a doença está sob controle. Não sou mais considerada uma paciente terminal, mas alguém que está sob cuidados paliativos", explicou em uma coletiva repleta de emoção e esperança.
A história de Isabel é um lembrete poderoso sobre a necessidade de proteção e direitos dos pacientes dentro do ambiente de trabalho, especialmente em tempos tão desafiadores.