Neste sábado, o Irã emitiu um forte alerta sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano se propaguem para outras regiões do mundo, onde Israel está atualmente em combate contra grupos que mantêm laços com teerã, como o Hamas e o Hezbollah.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, destacou em um discurso transmitido pela televisão estatal que "o mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos vão muito além do Oriente Médio". Ele enfatizou que a insegurança e a instabilidade podem se expandir para áreas muito distantes ao redor do planeta.

Israel, considerado o principal antagonista regional do Irã, vive um intenso conflito com o Hamas na Faixa de Gaza e com o Hezbollah no Líbano. Esses grupos, que são aliados de Teerã, estão no centro das hostilidades, enquanto o Irã clama por um cessar-fogo imediato em ambas as frentes.

A escalada das tensões é visível com a recente exibição de novos mísseis e drones pelo Irã em um desfile militar, evento que comemorou a resistência contra o Iraque de Saddam Hussein. Entre os novos armamentos, um míssil com um alcance de até mil quilômetros foi revelado, acendendo ainda mais alarmes internacionais.

O clima de tensão aumentou drasticamente após ataques aéreos israelenses em 26 de outubro, que atingiram instalações militares no Irã em resposta a um ataque de mísseis iranianos contra Israel em 1º de outubro. Teerã prometeu retaliar, enquanto Israel insinuou que responderia com uma força consideravelmente maior, caso fosse necessário.

Recentemente, Ali Larijani, conselheiro do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, sugeriu que o país deve evitar uma reação impulsiva a Israel para não cair em armadilhas estratégicas criadas pelo governo de Benjamin Netanyahu.

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, também mencionou que um cessar-fogo entre Israel e seus aliados poderia influenciar significativamente a resposta do Irã aos ataques israelenses, ressaltando a complexidade da situação atual.

Com a possibilidade de um conflito mais amplo, o mundo observa atentamente essa região já instável, esperando que as tensões não se transformem em uma guerra de proporções globais.