Em um incidente alarmante, a Romênia, país membro da Otan e da União Europeia, reportou a violação de seu espaço aéreo por um drone russo neste sábado, dia 13. Este evento ocorre apenas três dias após 19 drones russos terem invadido o espaço aéreo da Polônia, outro aliado da Aliança Atlântica.

As autoridades romenas confirmaram que a aeronave entrou no espaço aéreo nacional durante um ataque russo dirigido às infraestruturas da Ucrânia, país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.

Em resposta, a Força Aérea da Romênia mobilizou dois caças F-16 para monitorar a situação. Segundo o Ministério da Defesa, os aviões conseguiram detectar o drone, mas este desapareceu do radar antes que pudesse ser interceptado.

Atenção no Flanco Oriental da Otan

A incursão russa acendeu um sinal de alerta no leste europeu. Em resposta à crescente ameaça de drones nas proximidades da fronteira polonesa, tanto a Polônia quanto a Otan ativaram helicópteros e aviões de combate. O Comando Operacional das Forças Armadas Polonesas informou que, em razão da situação, os sistemas de defesa aérea estão em estado máximo de alerta.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, enfatizou a seriedade da ameaça representada pelos drones russos operando nas proximidades da fronteira com a Ucrânia.

Fechamento de Aeroportos e Reações Internacionais

Como parte das medidas preventivas, o espaço aéreo do aeroporto de Lublin foi fechado, levando ao desvio ou atraso de vários voos.

Embora Tusk tenha declarado à noite que o alerta havia sido suspenso, destacou que a Polônia permanece vigilante a qualquer nova ameaça.

A presença russa no espaço aéreo tem gerado reações internacionais consideráveis. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, qualificou a invasão como "inaceitável" e levantou a questão se os drones tinham como alvo específico a Polônia.

Acusações e Declarações de Moscou

Enquanto isso, Moscou negou a intenção de atacar alvos na Polônia, afirmando que Varsóvia não possui evidências de que os drones que cruzaram a fronteira eram de fato russos.

Em resposta a esse clima de insegurança, diversos países europeus, incluindo França, Alemanha e Suécia, acordaram em aumentar seu apoio à defesa aérea da Polônia, especialmente em sua fronteira oriental com a Ucrânia e a Bielorrússia.

No cenário mais amplo, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou sua disposição em impor novas sanções contra a Rússia, condicionando essa ação ao compromisso dos países da Otan em interromper a compra de petróleo russo.

Ataques na Rússia e Retaliações Ucranianas

Em meio a este clima de tensão, as Forças Armadas Ucranianas relataram um ataque bem-sucedido a uma refinaria de petróleo em território russo, provocando incêndios na instalação, situada a cerca de 1.400 quilômetros da linha de frente.

A situação continua evoluindo, e as tensões entre a Rússia e a Otan permanecem altas. O clima de incerteza paira sobre toda a região, enquanto a comunidade internacional observa de perto os próximos desdobramentos.