Inovador exoesqueleto da Universidade KAIST transforma vidas de paraplégicos; confira detalhes e vídeo!
2024-10-30
Autor: Mariana
Um grupo de engenheiros mecânicos da Universidade KAIST, na Coreia do Sul, conquistou o terceiro lugar na competição Cybathlon, realizada na Suíça, com um protótipo revolucionário que promete devolver a liberdade de caminhar a pessoas com dificuldades motoras. O projeto é uma evolução do WalkON Suit F1, cujas versões anteriores foram lançadas em 2016 e 2020, respectivamente, aumentando a velocidade da máquina para 3,2 km/h.
A versão mais recente do exoesqueleto apresenta inovações incríveis, como a capacidade de caminhar até o usuário e se ajustar automaticamente ao seu corpo, eliminando a necessidade de assistência externa. Essa funcionalidade proporciona maior segurança, permitindo que o usuário permaneça sentado enquanto a máquina se encaixa em suas pernas, garantindo suporte para que ele se levante sem riscos de quedas.
Desenvolvido ao longo de aproximadamente 10 anos, sob a supervisão do professor Kyoung-Chul Kong, do Departamento de Engenharia Mecânica, o exoesqueleto também conta com um sistema de controle de peso que se adapta à gravidade, dispensando o uso de bengalas.
Além disso, o dispositivo possui um sistema de reconhecimento de obstáculos, facilitando a locomoção do usuário. O time sul-coreano se destacou na competição, completando com sucesso todas as provas, incluindo deslocamentos laterais entre cadeiras apertadas, movimentação de caixas e mesmo tarefas que exigem destreza, como preparar alimentos em um tempo recorde de seis minutos e 41 segundos.
A Cybathlon, muitas vezes chamada de Olimpíadas dos Ciborgues, reuniu nesta edição 71 equipes de 26 países, com provas que incluem corridas de exoesqueletos, próteses de braço e perna, além de corridas de cadeiras de rodas. O objetivo do evento é fomentar o desenvolvimento de tecnologias assistivas para pessoas com deficiências físicas.
Após a competição, as equipes são informadas sobre novos desafios e podem se preparar nos próximos quatro anos. Nessa edição, apenas seis equipes chegaram à final, representando a Coreia do Sul, Tailândia, Alemanha, Holanda e Suíça.
Conforme divulgado pela KAIST, "muitas equipes possuem a tecnologia para permitir que atletas paraplégicos andem, mas outras tarefas eram significativamente desafiadoras, como fazê-los andar sem muletas, enquanto usavam as duas mãos livres para cortar um pedaço de bloco de esponja, simulando o processo de preparação de alimentos".
Essa inovação tem o potencial de transformar não apenas a vida dos usuários, mas também mudar a forma como a sociedade vê as capacidades de pessoas com deficiência. Assista ao vídeo e saiba mais sobre como a tecnologia está mudando vidas!