O estado da Califórnia enfrenta uma crise alarmante com o aumento do número de mortos em incêndios florestais, que agora chega a 24, enquanto pelo menos 15 pessoas permanecem desaparecidas. O xerife do Condado de Los Angeles, Robert Luna, revelou que a ligação entre todos os desaparecimentos e os incêndios ainda não foi estabelecida, aumentando a preocupação entre as famílias afetadas.

Recentemente, os ventos fortes têm complicado os esforços dos bombeiros no combate às chamas. O incêndio Palisades, o mais devastador da região, expande-se rapidamente para o leste e agora ameaça bairros nobres como Brentwood e Encino, onde as propriedades luxuosas têm sido severamente atingidas.

A situação é crítica em Pacific Palisades, uma área conhecida por ser o lar de celebridades como o ator Mel Gibson, onde milhares de imóveis foram destruídos. Os bombeiros enfrentam um desafio monumental, combatendo quatro incêndios simultaneamente na cidade, dos quais apenas dois estão sob controle. Os esforços estão particularmente centrados em Mandeville Canyon, onde várias personalidades, incluindo o ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, possuem residências.

Até agora, pelo menos 153 mil residentes de Los Angeles foram obrigados a evacuar suas casas, levando o governo local a declarar uma emergência de saúde pública. A fumaça e o material particulado resultantes dos incêndios são considerados ameaças à saúde tanto imediatas quanto a longo prazo.

Em uma demonstração de solidariedade, o México oferecerá ajuda ao povo americano, especialmente considerando a proximidade da cidade de Los Angeles com a fronteira mexicana e a grande população de mexicanos que vive na área. 'Somos um país generoso e solidário', declarou a presidente mexicana Claudia Sheinbaum em suas redes sociais.

Com a previsão de ventos 'particularmente perigosos', o Serviço Nacional de Meteorologia emitiu alertas de bandeira vermelha, prevendo condições climáticas adversas a partir das 4h da terça-feira até o meio-dia de quarta-feira. As rajadas de vento podem alcançar entre 72 e 112 km/h, embora menos intensas que na semana anterior, ainda são capazes de causar um 'crescimento explosivo de incêndios'.

O clima não dá trégua, com umidade relativa prevista entre 8% e 15%, o que intensifica os riscos. Os especialistas alertam que a baixa umidade dificulta os esforços de combate às chamas. Entretanto, uma possível elevação da umidade poderia fornecer um alívio temporário para os bombeiros na linha de frente. A situação continua crítica, e todos devem permanecer vigilantes e prontos para evacuação.