Saúde

Idoso de 100 anos é forçado a lutar na Justiça após plano de saúde ser cancelado de forma arbitrária!

2024-12-12

Autor: Pedro

O dia fatídico em que soube do cancelamento foi ainda mais traumático. O idoso estava no hospital para realizar a troca de uma sonda urinária e, ao ser informado sobre a rescisão do contrato, não recebeu atendimento e teve que recorrer à rede pública de saúde, já enfrentando as dificuldades que a saúde pública muitas vezes apresenta.

Respostas da SulAmérica e a realidade do cancelamento

Para aumentar a indignação, a SulAmérica se manifestou de forma surpreendente em um documento chamado "carta de permanência" onde afirmava que o cancelamento havia sido feito "a pedido" do próprio beneficiário, um detalhe que contradiz a realidade e deixa claro o descaso da operadora com a situação.

A posição da advogada

A advogada Ana Carolina Abdalla, representante dos idosos, destacou a má-fé e a crueldade que essa prática representa. “É inaceitável que, em momentos tão críticos, um serviço essencial como o plano de saúde possa agir de forma tão leviana”, declarou, reforçando a confiança na Justiça para reverter essa situação.

Histórico do cliente e polêmica do cancelamento

Os aposentados são clientes da SulAmérica desde 2008, com um contrato estabelecido por meio da corretora Qualicorp, em parceria com a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Em resposta à ação judicial, a operadora alegou que o idoso não possuía a documentação necessária para se manter no plano, afirmando que ele não apresentava comprovação de vínculo com a Fecomércio.

Cláusulas e direitos dos consumidores idosos

Uma das cláusulas que a SulAmérica destacou é que planos coletivos por adesão requerem um vínculo com entidades profissionais ou setoriais. O rompimento desse vínculo implica automaticamente o cancelamento do plano, um ponto que gera muita discussão e uma necessidade urgente de proteger os direitos dos consumidores idosos.

Decisão judicial e impacto do caso

Enquanto o mérito do caso ainda não foi julgado, a juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível de São Paulo, concedeu uma liminar que determina a imediata manutenção do plano de saúde, garantindo assim que os idosos não fiquem desamparados em um momento tão crítico de suas vidas.

Importância da luta pelos direitos dos consumidores

Esta situação ressalta a importância de se lutar pelos direitos dos consumidores, especialmente os mais vulneráveis, e traz à tona a necessidade de uma regulamentação mais rígida para evitar abusos por parte das operadoras de saúde. O caso está chamando a atenção de defensores dos direitos do consumidor, que prometem acompanhar de perto as desdobramentos deste processo.