O Ibovespa Futuro está enfrentando uma queda nos primeiros negócios desta sexta-feira (27), enquanto investidores se concentram na divulgação dos números de emprego no Brasil e nos dados de inflação nos Estados Unidos.

Os dados do Caged, que eram esperados para ontem, foram adiados e devem ser apresentados às 10h desta manhã. O IBGE já havia divulgado que a taxa de desemprego no Brasil se manteve em 6,6% nos três meses até agosto, um índice considerado alarmante em comparação com países vizinhos. Além disso, hoje também será revelado o resultado primário do Governo Central, que poderá impactar ainda mais o humor do mercado.

Enquanto isso, no cenário internacional, os investidores aguardam a divulgação, às 9h30, dos dados sobre a inflação ao consumidor (PCE) nos EUA. Esses dados são cruciais, pois vão influenciar diretamente na próxima reunião do Federal Reserve, marcada para novembro. O consenso do mercado prevê um aumento de 2,3% na comparação anual e de 0,1% em relação ao mês anterior. Uma inflação abaixo das expectativas poderia indicar que o Fed adotará uma postura mais agressiva, o que tem gerado um clima de tensão entre os analistas.

Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro apresentava queda de 0,31%, situando-se em 133.125 pontos.

No cenário doméstico, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de uma palestra no 1618 Spring Investment Meeting, promovido pela 1618 Investimentos, em São Paulo. O chefe do Banco Central deve abordar temas relevantes sobre a política monetária atual. Simultaneamente, Diogo Guillen, diretor de política econômica, estará em um painel no evento da JHSF Capital Day – Institucional, também em São Paulo.

Presidentes de grandes empresas, como Lula, têm uma agenda carregada: ele se reunirá pela manhã com Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4), e em seguida participará da posse da nova ministra de Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo. Além disso, Lula terá um encontro com Nisia Trindade, ministra da Saúde, abordando questões críticas sobre o sistema de saúde brasileiro em um momento de desafios financeiros e sociais.

Na Wall Street, o clima não é diferente. O Dow Jones Futuro registrava uma leve desvalorização de 0,01%, o S&P500 caía 0,04%, enquanto o Nasdaq Futuro recuava 0,06%.

Na economia nacional, o dólar à vista estava em baixa de 0,16%, cotado a R$ 5,433 na compra e R$ 5,434 na venda, refletindo a instabilidade do mercado. O dólar futuro (DOLFUT) também apresentava uma queda de 0,11%, atingindo os 5.436 pontos.

Ainda no setor de commodities, os preços do petróleo estão se estabilizando mas parece que terminarão a semana em baixa, influenciados pelas expectativas de um aumento na oferta por parte dos membros da OPEP, principalmente Arábia Saudita e Líbia.

Por outro lado, as cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, marcando a quarta sessão consecutiva de ganhos e alcançando um pico de quatro semanas, com um aumento semanal superior a 10%. Esse crescimento é sustentado por uma série de cortes nas taxas de juros na China e novas expectativas de estímulos fiscais, que têm alimentado um otimismo cauteloso entre os investidores.

Os mercados chineses, por sua vez, experimentaram sua melhor semana em quase 16 anos, com o CSI 300, da China continental, subindo impressionantes 15,7%, impulsionados por diversas medidas de estímulo econômico do banco central chinês.