O design tradicional dos smartphones, com suas formas retangulares, está se tornando coisa do passado para muitos usuários, inclusive para este crítico de tecnologia. Em busca de inovação, meu próximo celular certamente será um modelo dobrável, que possa se abrir como um livro e fechar para caber no bolso.

Desde a sua chegada ao mercado em 2019, os celulares dobráveis, como os da Samsung, Motorola e Huawei, chamaram atenção graças ao seu design arrojado. No entanto, enfrentaram desafios relacionados ao software e à durabilidade, além de preços exorbitantes que ultrapassavam os US$ 1.500 (R$ 8.241,15), tornando-os inacessíveis para muitos.

Porém, as coisas estão mudando! A IDC prevê que em 2023, 25 milhões de dispositivos dobráveis serão lançados, representando um impressionante aumento de quase 40% em relação ao ano anterior. Após testar dois modelos lançados neste verão — o compacto Razr da Motorola por US$ 700 (R$ 3.845,87) e o robusto Pixel 9 Pro Fold do Google por US$ 1.800 (R$ 9.889,38) — estou convencido de que os celulares dobráveis estão prestes a se popularizar.

A maioria das falhas anteriores foi solucionada. O Razr possui um design que se parece com um espelho compacto e se desdobra para revelar uma tela de 6,9 polegadas (cerca de 17 cm), ideal para a leitura e a multitarefa.

MOTOROLA RAZR

Durante a última década, a preferência dos consumidores por telas maiores fez com que muitos smartphones crescessem em tamanho. No entanto, muitas pessoas ainda apreciam modelos menores, como o Razr, que possui uma tela externa de 3,6 polegadas (aproximadamente 9 cm), permitindo o uso de funções básicas como chamadas, mensagens e visualização de notificações.

A tela menor do Razr ainda me encantou. Utilizá-la para mostrar fotos aos amigos e se distanciar das distrações das redes sociais foi uma experiência positiva. Ao desdobrarmos o telefone, a tela interna se expande, mostrando mais informações e detalhes, além de permitir a execução de dois aplicativos simultaneamente, embora a digitação possa ser um pouco apertada.

Além disso, a bateria do Razr se mostrou eficaz, durando cerca de 36 horas antes de necessitar de recarga—ideal para usuários ativos e sempre em movimento.

GOOGLE PIXEL 9 PRO FOLD

O Pixel 9 Pro Fold é o sucessor do Pixel Fold, e enquanto o Razr visa um público que busca praticidade, o Pixel se destina aos amantes de telas grandes e recursos avançados. Com uma tela externa de 6,3 polegadas (cerca de 16 cm), ele se comporta como qualquer smartphone, mas ao abrir, transforma-se em um dispositivo que rivaliza com pequenos tablets.

Com uma tela interna de 8 polegadas (cerca de 20 cm), o Pixel é perfeito para leitura prolongada ou assistir a filmes, mesmo que a evidente linha de dobra na tela não seja um problema significativo na prática. A câmera do Pixel captura imagens vibrantes em condições de luz variadas, e a bateria dura um dia inteiro, o que o torna confiável.

Entretanto, o preço elevado do Pixel 9 Pro Fold ainda pode afastar os compradores, especialmente considerando que combinações de iPhone e iPad são mais acessíveis. Essa abordagem premium do Google mostra o empenho em criar um dispositivo de ponta, mas limita o acesso ao público geral.

QUAL É O MELHOR?

Se tivesse que escolher entre os dois modelos, optaria pelo Razr. O tamanho compacto e o preço mais acessível fazem dele uma opção atrativa, além de ser mais fácil de carregar em qualquer bolso. Apesar de preferir o sistema operacional da Apple, estou ansioso para ver até onde essa tecnologia dobrável irá chegar.

Rumores indicam que a Apple está desenvolvendo um iPad dobrável, com um protótipo já em circulação, o que poderia abrir caminho para um iPhone do mesmo tipo. Imaginar um futuro onde possuímos equipamentos que se moldam às nossas necessidades diárias é empolgante. É um futuro que parece cada vez mais próximo!